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Quito, uma joia restaurada

Por QUITO
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O colorido tipicamente indígena e os morros nevados do Vulcão Pichincha já fazem de Quito um lugar único na América Latina. Mas a joia da cidade, localizada a 2.800 metros de altitude, é o seu repaginado centro histórico. A restauração que uniu comerciantes, proprietários de imóveis e autoridades, num investimento de R$ 600 milhões, virou referência internacional.O conjunto arquitetônico, tombado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade e considerado o mais inalterado das capitais latino-americanas, remete ora à Andaluzia espanhola, ora à influência barroca dos jesuítas que chegaram aos Andes no início do século 16. As vistas são panorâmicas por onde quer que você caminhe. Os Andes, as 40 igrejas coloniais que cercam a cidade, os bairros encravados nas montanhas, a hospitalidade do povo, o exotismo da culinária, tudo combina para deixar o turista enternecido.A capital de 2 milhões de habitantes vale bem mais que uma escala para Galápagos. A moeda local é o dólar, tamanha a influência americana na cidade, a 4 horas de voo de Miami. E tudo é incrivelmente barato. Qualquer menu em restaurante de hotel cinco-estrelas nunca ultrapassa os US$ 25. Andar 40 quilômetros em um táxi sai por US$ 10. O passeio de três horas dentro de um parque, com direito a teleférico para chegar a 4.800 metros de altitude, custa módicos US$ 3.Deslumbre. O barroco e o gótico estão presentes numa arquitetura religiosa de adornos deslumbrantes. Domingo, quando o trânsito de carros fica proibido no centro, é o melhor dia para explorar a região. O templo da Companhia de Jesus (US$ 2 a entrada), de 1605, resistiu a dois terremotos e reabriu restaurado em 2006. Praças com piso de paralelepípedo e o Palácio Presidencial são pontos imperdíveis de visitas no centro histórico.Dá até uma ponta de inveja ver como o centro de Quito está preservado. Com lojas, comércio, museus e igrejas recuperadas, o bairro histórico recebeu novos moradores. A Prefeitura incentiva, por exemplo, que donos de sobrados deixem vasos com flores nas janelas, o que denota a influência secular da Andaluzia na cidade. / DIEGO ZANCHETTA

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