Recanto do vinho entre montanhas

Cabernet sauvignon da melhor qualidade crescem emolduradas pelos Andes no Vale de Colchagua

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Por Redação
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Irretocável. Sedes das vinícolas, casarões antigos e modernos surgem em meio a parreirais.

 

A paisagem não podia ser mais bucólica. Estradinhas de terra recortam plantações compostas por pequenas árvores milimetricamente dispostas em filas paralelas, que só terminam quando esbarram nos pés de uma cadeia de montanhas. Do outro lado, o olhar alcança a poderosa Cordilheira dos Andes, por onde o sol começa a despontar. Às sete horas da manhã no Vale de Colchagua, a brisa refrescante típica do clima temperado bate no rosto. Aquela mesma que confere à região o título de uma das melhores para a produção de vinho no mundo. Ocupando o centro do Chile, 200 quilômetros ao sul da capital, a área mais parece uma bacia verde com grandes casarões espalhados. Alguns rústicos, outros supermodernos, são as casas-sede de vinícolas que ganharam fama graças ao vinho tinto de alta qualidade que fabricam. Desde 1996, quando foi criada a Ruta del Vino (rutadelvino.cl), é possível conferir o cultivo das uvas (54% são da variedade Cabernet Sauvignon) e acompanhar a fabricação da bebida em cerca de 20 vinícolas (leia mais ao lado), que combinam técnicas milenares trazidas da Europa com outras inovadoras. Hoje, o chamado enoturismo está bem estruturado na região, há boas opções de hospedagem e restaurantes inclusive nas vinícolas. Se puder escolher, a época ideal para o passeio é durante o verão, de novembro a abril, quando a luz do sol permanece brilhando até perto das 22 horas. Museu. A principal cidadezinha do vale, Santa Cruz, abriga o curioso (e ambicioso) Museo de Colchagua, com artigos que caracterizam toda a evolução humana. Dentre os destaques estão a coleção de âmbar que conserva insetos há mais de 45 milhões de anos e vestimentas, utensílios e instrumentos musicais típicos dos huasos, os rústicos camponeses. O ingresso custa 4 mil pesos chilenos (R$ 14). Site: museocolchagua.cl.

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