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Restrições alimentares a bordo

Opções convencionais servidas nos aviões podem representar risco à saúde de passageiros alérgicos e um dilema ético ou religioso para certos viajantes. Entenda as refeições especiais

Por Monica Nobrega
Atualização:
Frango ou massa? Outras opções devem ser pedidas com antecedência Foto: Chip East/ Reuters

Saladinha num pote minúsculo, “frango ou massa?”, sobremesa e aquele pãozinho meio duro que é o que tem para o momento. O cardápio médio de uma refeição em voos longos, que não é nenhuma experiência gourmet para passageiros em geral, pode representar um problema de saúde (e não apenas de sabor) para viajantes com alergias e intolerâncias alimentares (como a glúten e lactose), ou um conflito ético para aqueles que cultivam restrições culturais em relação à comida, caso de veganos e de judeus ortodoxos e sua dieta kosher. 

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Antes de achar que vai passar fome no voo, saiba que companhias aéreas em geral oferecem opções de alimentação para estes públicos específicos em qualquer classe de passagem. Mas é precisa saber o que, como e quando pedir. Tire suas dúvidas. 

1. Quais opções de alimentação especial existem a bordo dos voos comerciais?  Os sites das principais companhias aéreas que fazem voos do e para o Brasil listam entre as opções de refeições especiais os cardápios vegetariano com ovo e leite, vegano, sem glúten, sem lactose, pobre em calorias, pobre em sal, adaptada a diabéticos, kosher e halal. Empresas asiáticas costumam ter ainda os menus vegetariano asiático e hindu. Atenção, alérgicos: toda a comida de bordo pode conter traços de castanhas. 

A Gol é exceção: o site da empresa avisa que não serve alimentação especial para “crianças, lactovegetarianos, vegetarianos estritos e veganos” em seus voos internacionais. Para quem tem intolerância ao glúten, a Gol tem “pratos especiais nos voos com origem e destino Argentina”. 

2. Como e quando solicitar as refeições especiais?  Os sites das aéreas listam os tipos de menus especiais disponíveis e em quais trechos são servidos (veja links abaixo). Faça a reserva com antecedência mínima de 72 a 24 horas (confira no site da empresa) e informe no balcão do check-in que o pedido foi feito. Detalhe: as companhias aéreas não aceitam customização dos cardápios (como tirar ou acrescentar ingredientes), nem combinações de refeições especiais (sem glúten e sem lactose, por exemplo). 

3. Há regras específicas para a alimentação infantil a bordo?  Menus infantis são servidos para crianças de até 8 a 12 anos, dependendo da companhia aérea. Acima desta idade, a comida é a mesma dos adultos; casos especiais também devem ser reservados com antecedência. As baby meals (refeições para bebês) de até 2 anos são potinhos de comida industrializada – a alternativa é levar de casa alimentação para todo o trajeto. O embarque, inclusive de leite e sucos, é permitido. 

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4. E se nenhuma das opções oferecidas pelas companhias aéreas me atender?  Passageiros podem levar a própria comida a bordo – com exceção de bebidas alcoólicas – acondicionada em embalagens bem fechadas, à prova de vazamento e cheiros. Nos voos internacionais, todos os alimentos levados na cabine do avião devem ser consumidos a bordo. Isso porque cada país tem suas próprias regras para entrada de produtos frescos – no Brasil, o Vigiagro proíbe a entrada de itens de origem vegetal ou animal; industrializados estão liberados. Restos devem ser deixados no avião: existem protocolos para a destinação dos resíduos de bordo de modo a evitar que o lixo da aeronave dissemine pragas e doenças. Mais detalhes: bit.ly/vigiagroviagem.

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Reserve sua refeição:

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