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Show mostra história em movimento

Paredões de 2 mil anos da Torre de Davi viram telão para o espetáculo que narra a trajetória de Jerusalém

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Por Redação
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Em uma cidade como Jerusalém, em que idades são expressas em milênios, os 2 mil anos da Torre de Davi não chegam a ser um prodígio de longevidade. Mas essa fortaleza transformada em museu encontrou outro meio de figurar na lista das atrações que não se pode perder. Desde outubro, o Museu de História de Jerusalém Torre de Davi abre as portas, quatro vezes por semana, para o show Noite Espetacular. Esse arranjo de luzes, cores e imagens em movimento conta a trajetória da cidade de um jeito lúdico, mais empenhado em ilustrar passagens bíblicas e históricas que em ser preciso. Paredes e torres da cidadela são usadas como tela na qual personagens e situações desfilam, literalmente. As imagens aproveitam cada detalhe arquitetônico, reentrância e textura da construção como elemento narrativo. Para tanto, entram em cena 20 projetores, 10 quilômetros de fios, centenas de fotos, desenhos e pinturas, e a trilha sonora assinada pelo francês Etienne Perruchon. O show começa com uma poderosa silhueta de Davi tocando harpa. Segue com o reinado de Salomão, os períodos de dominação grega e romana, o Império Bizantino, as Cruzadas, o Império Otomano e a dominação britânica. Até chegar à criação do Estado de Israel, em 1948. Ao todo, são 45 minutos e um evidente esforço para passar ao largo de polêmicas. O apego de judeus, de cristãos e de muçulmanos a Jerusalém é mostrado em igualdade de importância. Um salto no tempo evita a menção ao conflito entre israelenses e palestinos. No fim, crianças cantam pela paz. Quem se interessa pela intrincada história de Jerusalém pode fazer a lição de casa no museu, durante o dia. O acervo é dividido por períodos. A própria arquitetura da cidadela, de diferentes períodos, faz parte do relato. O museu abriga ainda mostras temporárias. Culinária e cinema já foram temas. Museu Torre de Davi: www.towerofdavid.org.il; de domingo a quinta, das 10 às 16 horas, e aos sábados, das 10 às 14 horas. Entrada: 30 shekels (R$ 19). Noite Espetacular: às segundas, quartas, quintas e sábados, às 19 horas, por 50 shekels (R$ 31,60) TOQUE DE CHAGALL De ascendência judaica, o pintor Marc Chagall (1887-1985) esteve em Israel várias vezes e por lá deixou a marca de sua arte. Ele idealizou 12 vitrais para a sinagoga do Hadassah Hospital (www.hadassah.org.il) e foi o responsável pela decoração de um salão do Parlamento israelense (na capa do caderno;www.knesset.gov.il).

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