A cada ano, 1,3 milhão de pessoas visitam o monumento, que fica no trecho francês do caminho de Santiago de Compostela e é a principal atração de Chartres. A cidade de 42 mil habitantes está na esquina da Normandia com a Bretanha, no noroeste francês.
A versão atual da igreja data dos séculos 12 e 13, depois que um incêndio destruiu a maior parte da catedral românica que existia ali antes. Sobraram a torre e a cripta do lado direito, que foram restauradas. A torre à esquerda, mais alta, tem arquitetura gótica como o resto do templo, enfeitado por nada menos que 176 vitrais que deram origem à expressão azul-Chartres, usada para identificar a tonalidade da cor aplicada em vários deles. Esses mosaicos ilustram passagens bíblicas as mais variadas, uma forma de educar os fiéis, analfabetos na época. Esculturas diversas como a série dos 12 apóstolos enfeitam os frontões das nove portas.
A planta baixa tem o formato da cruz. Rebatido no piso, o centro da rosácea da fachada principal, a 23 metros de altura, coincide exatamente com o do labirinto desenhado com pedras no chão. Com 12,6 metros de diâmetro, a trilha circular tem 251,6 metros e leva, em média, 40 minutos para ser percorrida.
No subterrâneo, mais surpresas. A cripta recém-reformada guarda, além do poço celta, belos espaços de oração e capelas - em uma fica a imagem da Virgem negra, que os católicos afirmam representar a vontade da mãe de Jesus de se manter discreta para que a atenção recaia sobre seu filho. Essa mesma figura materializa, para os celtas, o culto à terra. E, para os templários, a suposta esposa oculta de Jesus, Maria Madalena.
Catedral de Chartres:
; visita guiada: € 6,20 (R$ 15,80) por pessoa