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Snorkel para ver de perto peixes e tartarugas

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Por Redação
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Há dois anos estive no Parque Marinho do Recife de Fora, em Porto Seguro, e fiquei triste com o que vi. Uma bagunça generalizada de escunas, centenas de turistas sem orientação e, literalmente, um mar de corais depredados - afinal, o passeio consiste em caminhar sobre este frágil ecossistema. A experiência me deixou com receio do que encontraria no Recife de Timbebas, a 50 minutos de navegação desde Prado, já na área do Parque Nacional Marinho de Abrolhos. Mas foi diferente. Eram apenas duas as escunas ancoradas na parte abrigada da barreira de corais, que flutuavam sobre um mar verde translúcido.Com água na cintura, máscara e snorkel no rosto, a maior parte dos turistas se divertia explorando os ainda belos corais da plácida piscina natural. Os peixes coloridos - borboleta, papagaio (budião) e frade-real - são, em sua maioria, espécies raras de serem encontradas em nosso litoral. Uma espirituosa tartaruga brincou de esconde-esconde comigo por quase uma hora e, no fim, fiquei sem uma foto decente.No entanto, o que me deixou chateado foi perceber que as escunas emprestavam sapatilhas especiais para os visitantes andarem - e destruírem, ainda que sem querer - por uma centena de metros sobre os corais. Caminhada desnecessária, diga-se de passagem, já que a grande beleza do lugar está submersa. A administração do parque poderia orientar os barqueiros a esse respeito. Entre julho e outubro, a região mostra porque é chamada de Costa das Baleias. Centenas de jubartes percorrem um longo trajeto desde a Antártida para acasalar e dar à luz em águas mais quentes. De Prado saem barcos para avistar as gigantes por toda a costa - elas não se restringem às principais ilhas de Abrolhos. A Escuna Sereia Guaratiba (escunasereiadeguaratiba.blogspot.com.br) oferece ambos os passeios por R$ 90. / F.M.

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