Spas e piscinas públicas mantêm a tradição dos banhos medicinais

Águas aquecidas atraem visitantes à região desde o século 2º, com promessa de cura para diversos males

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Por Redação
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Must. No Complexo de Széchenyi, o visitante poderá encontrar muitas fontes termais e saunas

 

 

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Fontes e mais fontes de águas termais brotam entre as colinas de Buda - e em pontos da planície de Peste. Se há algo que não mudou na cidade, é a tradição de banhos medicinais, que começou no distante século 2º e ganhou força quando os turcos ocuparam o país, nos séculos 16 e 17. Pouco mais tarde, no Império Austro-Húngaro, a então rainha Maria Tereza, ciente da importância das fontes para seu reino, ordenou o primeiro estudo para analisar e catalogar o tesouro líquido de Budapeste.

Dos banhos turcos com arquitetura otomana aos modernos spas de hotéis, contam-se na capital húngara pelo menos duas dezenas de opções (reunidas no site budapestspas.hu, com horários e preços), que oferecem tratamentos estéticos e, diz-se, curam de reumatismo a problemas respiratórios. Representam, ainda, uma popular opção de lazer entre os moradores. No mais famoso deles, o Széchenyi, no meio do Parque da Cidade, viraram tradição as partidas de xadrez disputadas entre jogadores mergulhados nas piscinas aquecidas.

O Széchenyi é um dos maiores complexos de banhos públicos da Europa e está na lista de lugares que não se deve perder em Budapeste. Conta com nada menos que 15 piscinas abraçadas por um prédio principal de estilo romano, além de saunas e cadeiras para tomar sol, que dão ao lugar um jeitão de clube. A entrada custa 3.500 forints (R$ 28).

 

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A piscina octogonal posicionada abaixo do domo turco, com 10 metros de diâmetro e furos para deixar passar a luz natural, justifica a enorme procura pelo Rudas. Arcos e acabamentos de mármore rosa dão ao local um aspecto imponente - e belíssimo. Vá para se sentir um membro da realeza. Entrada: 2.200 forints (R$ 18).

O Gellért fecha a tríade de spas mais famosos da cidade. As propriedades curativas de suas águas são conhecidas desde o século 13, mas o conjunto de piscinas, banhos e o hotel anexo foram inaugurados em 1918. Entrada: 3.900 forints (R$ 31).

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Cavernas.

O acidentado terreno da margem esquerda do Danúbio guarda cavernas repletas de formações milenares, abertas aos turistas. Sob o Castelo de Buda está uma das maiores. São 1.200 metros de galerias e salões integrando o complexo declarado Patrimônio da Unesco.

Estalactites fazem da Caverna Pálvolgy, no Distrito 2, uma das mais visitadas. O passeio pela gruta, a terceira maior do país com cerca de 1 quilômetro aberto aos turistas, exige disposição para subir cerca de 400 degraus. Entrada: 1.350 forints (R$ 11).

Nos arredores, a Szemlohegy (entrada a 1.350 forints), formada pelo movimento de placas tectônicas, tem fama de aliviar males respiratórios. Uma coisa é certa: o ar frio e úmido permite mesmo uma respiração mais leve. E o visual, por si só, já representa um bálsamo para a alma.

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