Tesouros e história num arquipélago

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Por VALERIE GLADSTONE e ILHAS SCILLY
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Através da névoa, eu podia avistar praias desertas e águas cristalinas em torno de St. Mary's, a maior das Ilhas Scilly, no litoral inglês. A vista do avião instigava os visitantes que vão praticar windsurfe e vela, assistir a regatas de remo e contemplar papagaios-do-mar e focas cinzentas.Abaixo, estavam 150 ilhas ao largo da ponta da Cornualha. O arquipélago tem uma das maiores concentrações de sítios arqueológicos da Grã-Bretanha - são 239 monumentos que vão da idade do bronze até fortificações dos últimos 500 anos, além de mais de 700 naufrágios.Eles fornecem um passeio pela história das ilhas, dos caçadores e coletores que foram para lá em 4000 a.C., vindos talvez da Cornualha, até os atuais 1.700 moradores. O povoado de Halangy Down, por exemplo, que tem o maior número de vestígios romanos e da idade do ferro, é uma viagem no tempo.Andei por restos de casas ovais feitas de pedra entre 1200 a.C e 300 d.C., espalhadas nas íngremes encostas que descem ao mar. E por sepulturas de cerca de 4 mil anos - a mais famosa é a de Bant's Carn. Quando o arqueólogo George Bonsor escavou o sítio em 1900, encontrou restos de quatro cremações em cerâmicas da idade do bronze, que estão no Scilly Museum, em Hugh Town, e no Royal Cornwall Museum, em Truro.

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