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Tradição em mesas sofisticadas

Salões confortáveis, menus elaborados: eis a fórmula dos endereços mais apetitosos da pequena Tiradentes

Por Bruna Tiussu
Atualização:

Tiradentes é o tipo de cidade que merece duas listinhas: a das atrações e a dos endereços gastronômicos obrigatórios. Arrisco afirmar que, fazendo jus ao título de capital da gastronomia mineira, a segunda é mais longa, e exige do turista mais que um mero fim de semana por ali.

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São seus restaurantes, aliás, com menus bem trabalhados - que vão da tradicional cozinha mineira aos pratos contemporâneos - e ambientes aconchegantes que dão o toque de sofisticação que a diferencia das demais cidades históricas do Estado.

Como de praxe, comece pelo centrinho. Ao redor do Largo das Forras, a mistura de aromas que escapa pelas janelas vai te seduzir. Sem perceber, você será conduzido a bisbilhotar um restaurante aqui, outro ali. Difícil decidir em qual ficar.

Se for para o almoço, permita-se uma imediata imersão em sabores mineiros no Dona Xepa, onde todo o cardápio é servido fresquinho, direto do fogão à lenha. Torresminho, angu e tutu de feijão são alguns dos acompanhamentos dos pratos, que vão de frango com quiabo a costelinha (ou frango) com ora-pro-nóbis - vegetal parecido com a couve, servido cozido e comum nas receitas de Minas Gerais. O prato para duas pessoas sai por R$ 55.

A tradicional comida mineira, servida em panelas de barro, também é especialidade do Restaurante da Mercês. O ambiente amplo e colorido convida a uma refeição em família. Lembre-se apenas de guardar apetite para a sobremesa. Dona Mercês prepara um imbatível doce de leite natural (R$ 4), que não leva nem uma colherinha de açúcar.

O chef Vicente Teixeira, natural de Tiradentes, estudou as receitas mais características da região e deu a elas seu toque pessoal - com misturas criativas e nomes cheios de graça - na hora de montar o cardápio do seu Estalagem do Sabor. O carro-chefe da casa é o Mané sem jaleco, um mexido de arroz, feijão e ovo com lombinho de porco, couve e banana. Entre os mais pedidos também está a abóbora real, recheada de carne-seca com toques de catupiry.

Paladar em cena. Nas mãos dos gêmeos Carlos Eduardo e Carlos Fernando de Castro, o antigo teatro da cidade foi transformado no requintado Theatro da Villa, que convida a um agradável jantar à luz de velas.

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Além de se gabar de ser dono da melhor carta de vinhos da região, o local apresenta um menu que prima pela fusão de sabores. São pratos que levam, ao mesmo tempo, ingredientes locais e de outras culturas. Caso do coração de filé mignon ao molho de pimenta verde flambada em jerez, que é servido com batata gratinada, recheada de creme de palmito pupunha e queijo minas artesanal Serra do Salitre. Digno de dar água na boca.

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