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Trilhas para esquecer do caos urbano

Pertinho de São Paulo, há opções boas até para quem está fora de forma

Por Camila Anauate e Natalia Zonta
Atualização:

Caminhar por trechos preservados de mata atlântica, atravessar rios e cachoeiras, chegar a praias intocadas. Não é preciso ir longe para garantir uma revigorante dose de natureza. A poucos quilômetros de São Paulo, há trilhas capazes de fazer você se esquecer do caos urbano. Algumas podem ser seguidas até por quem não está lá muito acostumado a aventuras. Para incentivar as caminhadas, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente lançou no mês passado o projeto Trilhas de São Paulo (www.trilhasdesaopaulo.sp.gov.br), em parceria com a Fundação Florestal. Trata-se de um guia com 40 trilhas de vários níveis de dificuldade, espalhadas em 19 Unidades de Conservação e totalizando 200 quilômetros de percurso. No "passaporte", o aventureiro tem informações de parques, mapas e rotas. Ao fim de cada trilha, recebe um carimbo - e ganha brindes como squeeze e mochilas ao completar cada nível (baixo, médio e alto). O guia custa R$ 5 e é vendido nos parques. Testamos três trilhas de níveis diferentes: no Parque Estadual da Serra do Mar, no Parque Estadual da Cantareira e no Pico do Jaraguá. No primeiro fica a mais fácil das três, a Trilha do Passareúva, que sai do núcleo Itutinga Pilões. Chegar lá é simples. Entre no km 49 da Rodovia Anchieta (pista sul) e, na primeira bifurcação, vire à esquerda. Na segunda, dobre à direita e siga por mais três quilômetros. Depois de passar pela segunda guarita, abandone o carro. Pegue seu cantil, passe doses generosas de repelente e observe as orientações nas placas. As indicações são fáceis de seguir. Por isso, os três quilômetros de percurso (ida e volta) podem ser feitos sem auxílio de guia. O início do caminho é bem marcado: pedrinhas de cascalho cobrem a estrada e, mesmo depois de uma noite inteira de chuva, há pouca lama. Nesse trecho, o Poço do Rio Pilões. Se o dia estiver quente, aproveite para se refrescar. A pista antiga da Imigrantes marca a paisagem na primeira parte da caminhada. Mas é só andar um pouquinho para perder de vista qualquer sinal da rodovia. Agora, sim, parece que você está em uma trilha. Tire os sapatos e dobre a calça até o joelho: para continuar o percurso, é preciso atravessar o Rio Pilões. São cerca de 5 metros até a outra margem. Uma pedra escorregadia aqui, um pouco de lama ali e pronto. Se puder, leve uma sandália papete, que facilita a caminhada pelo leito do rio. Do outro lado do Pilões, a trilha fica mais íngreme, e aparecem corrimões de bambus nos trechos mais inclinados. Tome cuidado para não escorregar. Mais alguns minutos de trekking e o visitante chega ao ponto alto: a Cachoeira do Passareúva. Só admire (e tire justificadas fotos). A força da água e a profundidade do poço não permitem mergulhos. Núcleo Itutinga Pilões: Estrada Elias Zarzur, km 8. Informações: (0--13) 3377-9154

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