Uma mistura de realidades no Solimões

Barcos levam tudo e todos entre vilas modestas e ricas cidades

PUBLICIDADE

Por Amanda Romanelli
Atualização:

Por seu curso navegam barcos com diferentes propósitos. Alguns levam turistas em busca de paisagens raras, com árvores gigantes e animais selvagens. Outros transportam produtos típicos da região e ribeirinhos que só querem tocar a vida e chegar à outra margem. Percorrer parte dos 1.700 quilômetros de extensão do Solimões obriga a um mergulho em várias realidades. O rio que nasce em território peruano cruza vilarejos simples no Brasil. Localidades de uma simplicidade absoluta - e não relativa -, que contrasta com as principais cidades amazonenses. Manacapuru, a terceira maior do Estado, com 80 mil habitantes, por exemplo, fica às margens do Solimões e é considerada a princesinha da região. Coari, a mais rica, onde a Petrobrás explora petróleo e gás natural na plataforma de Urucu, também está colada em suas águas. Mas quem quiser conhecer os encantos do rio deve se distanciar das cidades maiores e navegar. Dentro de um barco, até a mais simples observação revela tesouros. Preserve o silêncio. Aves como o martim-pescador, o jaçanã e o canário-amarelo se sentirão, assim, tranqüilas para cortar o céu. Famílias de marrecos vão cruzar o rio e vitórias-régias gigantes surgirão em meio aos igarapés. Noite À noite, a natureza se renova. Quando o sol se esconde, os olhos brilhantes dos jacarés hipnotizam os turistas - e deixam em alerta os barqueiros, conscientes da ferocidade desses animais. Tendo apenas um farol como guia, pequenos barcos deslizam na escuridão levando os interessados em ver as feras de perto. Tudo é feito com muito cuidado. Afinal, os répteis têm até 7 metros. Se quiser conhecer os segredos e as misturas do Solimões, corra: a época perfeita para as visitas começa em dezembro. Com o início do período das chuvas, o rio fica cheio. E a flora da região se exibe no esplendor de sua forma. Viagem feita a convite do Iberostar Grand Amazon e da Luxtravel Turismo

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.