Os jogos de Tokyo estão só começando, mas algumas coisas me chamaram atenção:
Estereótipo rolando solto
Durante a cobertura da cerimônia de abertura, o canal de TV sul coreano MBC exibiu imagens de pizza associando à Itália, Chernobyl para Ucrânia e até o Conde Drácula para a Romênia. Após a notícia viralizar na internet, a emissora emitiu uma nota de desculpas: "As imagens e legendas tiveram a intenção de fazer com que a audiência entendesse mais facilmente quais eram os países que estavam entrando durante a cerimônia de abertura (...) Mas nós admitimos que houve uma falta de consideração com os países em questão e que não houve supervisão suficiente. Foi um erro inadmissível".
Se recusou a lutar
O judoca da Argélia, Fethi Nourine, se recusou a lutar contra israelense após o sorteio das chaves indicar um possível embate contra Tohar Butbul, de Israel. Com isso, ele teve que deixar Tokyo antes mesmo de participar das Olimpíadas. A Argélia é um país árabe, onde o governo não reconhece o estado de Israel, assim como outros países de maioria islâmica. Dias depois, outro judoca também desistiu de seguir as olimpíadas pelo mesmo motivo - Mohamed Abdalrassol do Sudão. Nas olimpíadas do Rio em 2016 aconteceu um caso parecido quando o judoca egípcio Islam El Shehaby se recusou a cumprimentar o israelense Or Sasson após um combate.
Racismo? Parece que sim
A imprensa internacional anda questionando o ouro do tunisiano de 18 anos Ahmed Hafnaoui na natação 400m. Se fosse um americano ou americana eles chamariam de fenômeno, mas como é um tunisiano a reação tem sido de espanto, mais no clima de "como ele conseguiu isso?!".
Duas iranianas competiram entre si. Só que não.
O taekwondo colocou duas iranianas frente a frente. Mas uma delas, Kimia Alizadeh, competiu pelo time de refugiados já que no ano passado ela deixou o Irã por causa da repressão do país contra as mulheres. No Rio ela foi bronze pelo Irã, mas esse ano nem de véu ela lutou (o que é obrigatório no seu país de origem). No entanto, acabou derrotada pela outra iraniana e amiga, Nahid Kiani.
A atleta mais nova das Olimpíadas não é brasileira
Pouca gente comentou e no meio de tantas atletas menores de idade, a notícia acabou se perdendo mais ainda. Mas a atleta mais nova de Tokyo é a síria Hind Zaza, de 12 anos, competindo no tênis de mesa.
Mas a brasileira...
Rayssa Leal, de 13 anos, conquistou a prata no skate feminino sendo a mais jovem atleta brasileira a ganhar uma medalha e a mais jovem medalhista do mundo em 85 anos. Entrou até para o Guiness, o livro dos recordes.