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Lugares, culturas e comportamento mundo afora

Paris: lotada como nunca, charmosa como sempre

Por amandanoventa
Atualização:

A primeira vez que fui a Paris foi há 10 anos. A segunda foi há 5. A terceira foi no último novembro para uma função bem a trabalho que me fez andar pela cidade muito mais do que quando fui nas outras vezes de férias (caso você não saiba, meu trabalho é produzir conteúdo de viagem e estava na cidade especificamente para gravar um episódio sobre Paris para uma série do youtube - se inscreve lá!).

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Era início de inverno, baixa temporada, mas nunca vi a cidade tão cheia. Não é de se estranhar Louvre cheio ou Notre Dame cheia. Mas dessa vez estranhei a lotação de alguns lugares que costumavam estar fora da rota turística uns anos atrás.

Lá em 2008 conheci o Angelina, um lugar que diz ter o melhor chocolate quente do mundo ("melhor do mundo" é sempre meio cafona, eu sei. Mas sendo turista inexperiente na época, caí nessa). Uma amiga que morava em Paris me levou, chegamos, sentamos e fizemos o nosso pedido tranquilamente. Passando em frente ao café no último mês de novembro, fiquei abismada com a fila de mais de uma hora de espera.

Outro exemplo. A charmosa livraria Shakespeare & Company próxima à Notre Dame agora também fica lotada e mais: tem uma corda organizadora de filas. Poxa, em 2008 ninguém falava sobre ela...

Fiquei intrigada com essa lotação em pleno início de inverno e me perguntando se estava louca de achar a cidade mais lotada do que no verão dos anos anteriores, quando é alta temporada. Pois numa pesquisa pelo google descobri que não foi apenas impressão. A cidade vem a cada ano aumentando seu número de visitantes. Em 2013, a França recebeu 84,7 milhões de visitantes. Em 2017, quebrou o recorde com 89 milhões.

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E o que faz com que lugares que anos atrás não eram lotados precisem agora até de uma organização de fila? Aí eu jogo a culpa para as redes sociais.

Na primeira vez que estive na cidade, lá em 2008, os blogs ainda estavam engatinhando. Instagram? Nem pensar. A divulgação dos destinos talvez fossem apenas por sites específicos, jornais e revistas de viagem que sempre tiveram uma função mais de informação do que imagem. Ou seja, para chegar num lugar diferentão considerado um "achado" a melhor forma era explorando muito bem a cidade. A gente perdeu bastante disso já que a maioria dos millenials planejam suas viagens de acordo com o Instagram e não por exploração própria.

 

Nada disso vai mudar. Para 2020 são esperados 100 milhões de turistas na França e as redes sociais são um caminho sem volta, que também só cresce. E o que nos resta para ter uma experiência genuína na cidade mais turística e lotada do mundo? Voltar às origens do que é viajar. E isso envolve sair andando pela cidade sem guias, sem compromisso; parar para observar edifícios, entrar nos cafés simplesmente porque está com vontade de um café, explorar livrarias mesmo que você nunca tenha ouvido falar e se conectar com os locais que sempre saberão o caminho mais autêntico a seguir. E vai demorar para você não ter mais nada a conhecer pela cidade. Paris está mais lotada do que nunca, mas charmosa como sempre.

Como chegar

A Air France é a companhia aérea francesa que faz você entrar no clima da viagem antes mesmo de chegar, servindo espumante até mesmo na classe econômica do voo. Os preços para Paris são em média R$2500.

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Onde ficar

O Mandarin Oriental é um hotel que nunca decepciona. O de Paris especificamente é inspirado pela moda e criatividade artística e bem localizado, próximo a Champs-Elysée e Jardin des Tuilleries. Veja outras opções de hospedagem aqui.

Amanda Noventa é criadora do Amanda Viaja que é site, canal no youtube e desse espaço aqui no Estadão. Acompanhe suas aventuras no instagram em @amandanoventa

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