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Pandemia, fim de ano e viagens

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Por Mari Campos
Atualização:

Lá se vão mais de nove meses da declaração de pandemia do novo coronavírus e 2020 está terminando seguramente como o ano mais diferente (e provavelmente o mais duro) de nossas vidas. Passamos (ou, pelo menos, deveríamos ter passado...) a maior parte do ano em casa, afastados dos nossos familiares e amigos mais queridos, para tentar conter os avanços da Covid-19 e preservar nossa saúde e a saúde das pessoas que amamos.

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A pandemia infelizmente ainda não deu folga, não. Pelo contrário. A gente tem visto muita gente vivendo como se mais de 180.000 brasileiros não tivessem morrido em decorrência da Covid, mas os números dos novos casos no Brasil não param de aumentar nas últimas semanas. Os números de mortos por dia também aumentaram muito. E a mesma coisa está acontecendo na Europa e na América do Norte há semanas. Portanto, não é hora de relaxar nos cuidados, não.

 

Na minha casa, esse vai ser o Natal mais petit comité que já tivemos. Pela primeira vez, não estaremos todos juntos, reunidos na casa da minha mãe. Seguindo as recomendações da ciência (e dos nossos próprios médicos, é claro), faremos reuniões presenciais minúsculas e a reunião com todo mundo será apenas virtual. É triste, mas sabemos que é só neste ano, e justamente para nos protegermos uns aos outros e garantirmos que no próximo Natal estaremos todos juntos e faremos a maior festa!

E a mesma máxima vale para quem está cogitando reunir amigos ou parentes para viajar neste final de ano. Eu optei por não viajar para lugar nenhum nestas festas. Mas se você decidiu viajar, é preciso - com o perdão do chavão! - redobrar os cuidados que já vínhamos tendo desde março. De que vai adiantar festejar o fim de ano como se não houvesse pandemia se este for seu último réveillon, né?

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Em novembro passado, fiz uma viagem entre amigas para Ilhabela, alugando um imóvel de temporada. Vou uma viagem pensada e planejada em cada detalhe, como a pandemia pede. Queríamos nos ver e ficar juntas, mas sem abrir mão em nenhum momento dos cuidados que temos vivenciado desde março. Seguimos ao máximo durante toda a pandemia os preceitos de distanciamento físico e social, e queríamos manter isso também na viagem. E fizemos uma viagem tão cercada de cuidados para garantirmos o máximo de segurança possível umas às outras que, após uma postagem minha sobre a viagem no meu Instagram, nossa viagem foi parar até no programa É de casa, da Rede Globo :)

 

Realmente seguimos à risca todos os cuidados que nos foram recomendados pelos médicos, o tempo todo. Dá trabalho, sim; mas é um processo extremamente necessário nestes tempos. Escolhemos uma casa (essa casa aqui, na plataforma Vrbo) com muita ventilação natural, amplo espaço ao ar livre e ventilação cruzada (essencial!) nas áreas comuns. Como vivemos em casas distintas, os médicos recomendaram que cada uma tivesse seu próprio quarto e seu banheiro. Cada uma viajou no seu próprio carro e decidimos levar também roupas de cama, mesa e banho de casa, por zelo. Levamos também tudo para cozinhar nossas próprias refeições na casa, sem necessidade de restaurantes ou delivery, para evitar qualquer contato direto com outras pessoas. 

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Ficamos de máscara nos ambientes internos, tirando a mesma somente nos ambientes externos, com mais de dois metros de distância entre nós. A área comum (sala, sala de jantar e cozinha) era muito bem ventilada e integrada com uma grande varanda, assim tínhamos sempre muita circulação de ar entre nós - e mesmo assim nos mantivemos fisicamente afastadas. Como a mesa de jantar era bem grande, garantimos distanciamento físico também na hora das refeições.

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Mantivemos essa disciplina também nas poucas saídas da casa para ir à praia. Mas mesmo à beira-mar também mantivemos o distanciamento físico e social e entramos na água para nadar uma de cada vez. Caminhada só com máscara. Tampouco tiramos fotos juntas desta vez; afinal, os médicos alertam que essa coisa de "vamos tirar a máscara e juntar rapidinho só pra foto" pode ser extremamente perigosa quando se trata da Covid-19. Mas tiramos muitas fotos legais umas das outras :)

Foi duro? Foi. Não teve abraço, não teve beijo, e nada em 2020 tem sido mais difícil que essa falta de contato físico com as pessoas que amamos. É mesmo muito difícil para nós, que sempre fomos acostumados a demonstrar carinho e afeição fisicamente, não poder beijar e abraçar gente querida que não vemos há tanto tempo. Mas conseguimos manter essa disciplina a semana toda. Guardamos os abraços para as muitas celebrações que faremos quando isso tudo passar de verdade. 

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E foi bom? Muito. Muito mesmo! Ver carinhas queridas fora da tela do celular, ouvir a voz do outro sem interferência, mesmo que com máscara e distanciamento físico, faz um bem danado.Fomos a praias deliciosas (fora dos horários de pico, para garantir que estariam menos cheias) e vimos paisagens incríveis (a casa que alugamos tinha também vista panorâmica para Ilhabela, Ilha das Cabras e São Sebastião, puro colírio para nossos olhos tão cansados da vista urbana de nossas janelas nos últimos nove meses). Rimos horrores juntas das mais diversas coisas, choramos as pitangas por outras tantas coisas, cozinhamos e comemos muito bem, bebemos bem também. Juntamos tudo isso com o bem que só o banho de água salgada do mar faz e voilà! E saber que fizemos tudo isso cuidando da saúde umas das outras, sem exceções nem excessos, fez a viagem ser melhor ainda.

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Por isso, se você vai se reunir ou viajar com pessoas que você ama nestas festas ou neste verão, tente por favor seguir as recomendações dos especialistas em saúde. E se você vai viajar, nem cogite fazê-lo sem um bom seguro viagem. Se vai ficar em um hotel ou pousada, procure ser um bom hóspede nesta pandemia. Há muitos hotéis fazendo um excelente trabalho neste 2020, com funcionários extremamente dedicados; mas eles precisam que todo hóspede colabore para garantir que todos estejam realmente seguros.

São tempos difíceis demais pra gente arriscar a vida (nossa e dos nossos) por tão pouco. E, com base nesta minha experiência de novembro, eu garanto que é possível, sim, se divertir com as pessoas que amamos mesmo mantendo todo esse cuidado constante de uso de máscara, distanciamento físico etc. É um sacrifício momentâneo por todo o futuro que temos juntos. Assim a gente garante que ainda possamos fazer muitas viagens, dar muitos abraços e beijos e passar muitos Natais e réveillons juntos pela frente.

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