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Opinião|8 dicas para escolher um bom vinho

Atualização:
Vindimas no Douro, 2015 [© 2015 Gonçalo Villaverde. All Rights Reserved] Foto: Estadão

 

Vir a Portugal e não tomar vinho é como ir a Roma e não ver o Papa, verdade? Mas como a produção nacional é intensa, a procura é imensa e as dificuldades de escolher um bom vinho são acrescidas, sobretudo para quem não está familiarizado com as castas ou as marcas nacionais.

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Por isso decidi fazer uma listinha de dicas para ajudar na hora de escolher aquela garrafa de vinho:

Primeiro passo: tente achar um guia de vinhos de Portugal. A gente tem um monte de guia, livro, revista especializada, blogues (eu recomendo esse aqui, por exemplo: )que podem ajudar você na hora de conhecer as castas portuguesas e as marcas que encontrará à venda em praticamente qualquer supermercado ou garrafeira mais seletiva;

  1. Faça uma prova de vinhos com visita às adegas. É a forma mais divertida e interessante de entender como se produzem os vinhos e quais as principais diferenças e características a ter em conta na hora de investir. Já falei aqui do assunto e há várias outras opções, porque em Portugal o enoturismo é efetivamente um mercado em crescimento.
  2. Para não haver erro, guarde num papelzinho aqueles que foram considerados os melhores anos em termos de produção vinícola. Por exemplo, é unânime que 2005, 2008 e 2011 foram anos de excecionais colheitas e vinhos em Portugal. Dizem os entendidos que 2015 vai dar também vinhos realmente incríveis. Então, entre na loja, faça seu ar mais altivo e peça um bom vinho de 2008 ou 2011 e vai ver como vai fazer sucesso.
  3. Tenha sempre em conta quais as características de que gosta num vinho: se gosta de tinto mais 'pesado' (ou encorpado) não compre um vinho que tenha menos de uns 13% de álcool. E diga isso mesmo na loja: ah, prefiro um vinho mais encorpado, por favor. Se prefere um vinho branco leve, escolha um com menos álcool e que diga 'leve'. Isso ajudará a não se sentir defraudado na hora de provar a sua compra.
  4. Não ligue demasiado ao preço: Portugal tem vinhos incríveis que não custam 50 euros a garrafa. Saiba exatamente aquilo de que gosta num vinho: se de um aroma mais frutado, se mais madeira, se um sabor mais forte ou algo mais leve, quase suco. Muitas vezes, por 8 euros (até por menos) pode comprar um vinho de ótima qualidade, que agrada mais ao seu paladar que a garrafa de 50 euros (ou mais) de Barca Velha, que é um vinho super conceituado mas tão pesado que muita gente odeia.
  5. Aproveite todas as feiras de vinho com provas que existirem (e por aqui, a probabilidade de encontrar várias enquanto está de férias são enormes). Para escolher um bom vinho, o melhor mesmo é provar. Por exemplo, se está pensando viajar em breve, dê uma olhada nessa aí: o Adegga Wine Market acontece dia 5 de Dezembro e é um espaço onde estão representados cerca de 40 produtores de vinho. Você paga uma entrada que dá direito a um copo e pode experimentar TODOS os vinhos que quiser. Um chip colado no copo vai permitir que receba no seu email todos os vinhos que provou (marca, colheita, região, produtor) para nunca mais esquecer. Assinale os que adorou e aproveite para comprar com desconto, à saída.
  6. Se tiver adorado um vinho que tomou em casa de alguém ou num restaurante, não esqueça de anotar qual o nome e a colheita. Entrar numa garrafeira sabendo exatamente que vinho quer, que colheita e que quantidade quer levar vai fazer com que pareça a pessoa mais entendida em vinhos do pedaço.
  7. Nunca esqueça duas regras importantes: Qual o seu orçamento e para que ocasião está comprando o vinho. Vai ser para acompanhar comida? Para tomar sozinho? Que comida vai ser servida no jantar para onde você está comprando a garrafa...Se tiver muitas dúvidas no que levar para casa, arrisque em comprar duas garrafas diferentes das mais pequenas (0,35l), se estiverem disponíveis. Pode também optar por essa solução se está escolhendo um vinho no restaurante - a gente chama de 'meia-garrafa'. Ela serve apenas uns dois copos de vinho, que chega e sobra para experimentar.

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Opinião por Margarida Vaqueiro Lopes
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