O aeroporto mais vazio e os trâmites de embarque agilizados por funcionários da companhia aérea já familiarizados com o grupo fez com que o check-in ocorresse com muito mais rapidez que na tentativa anterior. Dessa vez, tudo certo com o voo 6382 da Avianca, que decolou às 5h38, com apenas três minutos de atraso.
Dentro da aeronave as expectativas se multiplicaram. Taís e Caroline não conseguiram esconder o medo e choraram na hora da decolagem. Cidia, por sua vez, não parava de fazer perguntas, queria entender os detalhes que se escondiam por detrás do voo. E a viagem de duas horas seria apenas o começo da jornada.
O trajeto ainda incluiria outra viagem com duração de mais de 7 horas, dividida em várias partes. Primeiro, de van até o Refúgio Ecológico Caiman, em cerca de 4 horas. Depois de uma merecida pausa, outros 40 minutos no mesmo veículo até o Rio Aquidauana, onde foi servido o almoço: arroz, feijão, salada e torta de frango, com refrigerante para acompanhar. E frutas, bolo e goiabada de sobremesa.
No caminho, várias paradas para fotos. O sol voltou a brilhar depois de dias de chuva e frio intenso, e os animais resolveram aparecer para encantar os meninos e meninas da Casa Taiguara. Tuiuiús, gaviões, veados, tamanduás-bandeira, araras azuis e muitos, muitos jacarés se exibiram para os cliques frenéticos. Um descanso breve no redário e já era hora de pegar o terceiro meio de transporte do dia, o barco que nos levaria até a fazenda Santa Sophia, nossa base até a volta a São Paulo, no dia 27. Foram três viagens para trazer as 26 pessoas e as mais de 30 malas até a outra margem do rio. E, então, o último meio de transporte: o trator, única forma de atravessar a planície pantanosa até a fazenda.
O grupo desembarcou exausto, quase às 17 horas - ou seja, mais de 12 horas depois da partida da unidade Casa Verde -, mas ávido para conhecer os atrativos locais. Alguns até se animaram em jogar futebol com funcionários da fazenda, como é rotineiro nos fins de tarde na Santa Sophia.
Para caber todo mundo, foi preciso dividir meninos e meninas em três casas. Beatriz Rondon, proprietária da área, avisou: "Aqui vocês estão isolados." Não era exagero. Nada de celular ou internet nos domínios da fazenda.
É por este motivo, aliás, que você está lendo este texto sem imagens - ele foi ditado pelo telefone fixo da fazenda para a Redação do Viagem. Mas prometo uma galeria com fotos incríveis ao fim da expedição. É só esperar para ver.