Fórum Panrotas 2010 enaltecendo o progresso do setor brasileiro no ano passado. Mesmo em ano de crise, o mercado interno foi expressivo. O País bateu recorde do número de desembarque doméstico, chegando aos 56 milhões - um crescimento de 15% em relação a 2008. Além do bom panorama econômico, outra justificativa foi a redução média de 34% nos preços das passagens aéreas domésticas.
Apesar de demonstrar consciência de que o quadro ideal ainda está longe de ser alcançado, o ministro afirmou que não se pode desconsiderar os primeiros passos. "Tínhamos duas companhias que controlavam 94% do mercado. Hoje, elas detêm
83%, graças à entrada de outras empresas que estão abocanhando fatias dos consumidores."
Em seguida, falou com o mesmo entusiasmo do tema principal da palestra: os preparativos do Brasil para receber a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
"Não foi a toa que ganhamos visibilidade lá fora. Tenho certeza que podemos fazer os dois eventos bem estruturados e com a cara do nosso País. Inclusive já se cogita
fazer a Copa Davis em São Paulo", disse.
Os desafios do Ministério do Turismo se dividem em quatro setores. Infraestrutura turística, contando com as obras do PAC; qualificação de mais de 300 mil
profissionais; investimento em hotelaria, com linhas de crédito bancárias que somam R$ 1,8 bilhões e planejamento que considere a sustentabilidade; e promoção do
turismo no País.
O ponto mais preocupante - que não é nenhuma novidade - é a melhoria da infraestrutura, sobretudo dos aeroportos. Para o ministro, mais que grandes obras, a necessidade imediata é de pequenas medidas que possam dar resultado em curto prazo. "Temos que avaliar sem preconceito as pequenas interferências que já foram feitas no exterior e foram boas experiências. Para as Olimpíadas de Inverno, os aeroportos de Vancouver adotaram módulos provisórios que aumentaram consideravelmente sua capacidade. Podemos adotar essa fórmula aqui."
Também se mostrou receoso com a questão da privatização dos aeroportos. "Os exemplos que vemos lá fora não são tão positivos. As privatizações no Peru, por exemplo, não deram muito certo". Porém, nas companhias aéreas, é favorável ao aumento da participação do capital estrangeiro. "Hoje ele é de 20%, acho que pode subir até os 45%. Assim teremos mais chance de aumentar a competitividade entre
as empresas."
Otimista quanto aos eventos esportivos no País, porém, preocupado com o
curto tempo para implantar as mudanças: "A data da Copa é fixa. Não tem jeitinho brasileiro que funcione porque ela não pode ser adiada. Nós teremos que nos virar
para acelerar as obras".
E você, acha que o Brasil conseguirá adequar sua infraestrutura turística à tempo da Copa do Mundo 2014? Dê também a sua opinião.