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Encontre em Lençóis o seu porto seguro

Capital informal da região reúne agências e melhores opções de hospedagem e alimentação, além de dar acesso a mais de 20 pontos de interesse. Entre eles, o icônico Morro do Pai Inácio

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Por Fabio Vendrame
Atualização:

Casario colonial da simpática cidadezinha - Fotos: Felipe Mortara/Estadão  Foto: Estadão

LENÇÓIS

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Um pouco por seu ar colonial e hospitaleiro e muito pela proximidade com as principais atrações turísticas da Chapada Diamantina, Lençóis é não apenas o ponto de chegada à região como a principal base para explorá-la. A concentração de agências de turismo, bons restaurantes e hotéis faz da cidade um porto seguro para aventureiros de todas as idades e perfis. Claro que há atividades proporcionais a todo tipo de disposição, mas de uma coisa todos podem desfrutar: as belezas.

Os mais de 20 atrativos naturais de fácil acesso e o aeroporto próximo fazem de Lençóis uma parada obrigatória. Na Chapada Diamantina, a maior parte dos pontos de interesse pode ser alcançada de carro, seguida por trilhas fáceis e curtas.

Por exemplo, a paisagem mais clássica da região você vai encontrar no alto do Morro do Pai Inácio, a 20 minutos de carro do centro de Lençóis, mais outros 20 minutos a pé. Prefira ir ao entardecer, afinal, o pôr do sol é memorável.

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Poço Azul fica a 40 minutos do centro  Foto: Estadão

Há opções de cavernas e cachoeiras igualmente próximas, boa parte com acesso superfácil, o que permite que idosos e famílias com crianças pequenas façam deste um destino de férias. Em um mesmo dia é possível visitar o indescritível Poço Encantado, a 145 quilômetros do centro, e em seguida fazer flutuação no Poço Azul, a 40 minutos de lá. Operadoras locais cobram em média R$ 180 por pessoa pelo passeio, que não requer esforço algum.

Em menos de dois quilômetros de uma leve caminhada saindo do centro de Lençóis é possível alcançar algumas boas cachoeiras. Perfeito para todas as idades, o percurso passa pelos poços do Serrano, Salão de Areias, Cachoeirinha e Primavera até chegar a um belo mirante sobre a cidade. No fim, uma caminhada fácil de uns 50 minutos leva ao divertido Ribeirão do Meio, queda d'água que funciona como um tobogã natural.

Urbana. Quando voltar a Lençóis, aproveite para esmiuçar as ruas de pedra que encantam quem as explora ladeira acima na pequena cidade de 10 mil habitantes. Esqueça a rusticidade dos dias no Vale do Pati, já que as opções hoteleiras são variadas, mesclando conforto e clima colonial.

Comida simples e farta para recompor as energias  Foto: Estadão

Entre as pontilhadas casinhas coloridas, você encontrará excelentes ofertas gastronômicas, como o Cozinha Aberta, que serve maravilhas criativas preparadas pela chef Deborah Doitschinoff com ingredientes locais. Vide o tortelloni de massa de cacau recheado com ricota e nozes com molho de gorgonzola e cachaça e um toque de melaço de cana (R$ 33).

Numa tarde quente, passeie pelo Mercado Cultural, junto à Praça das Nagôs e à simbólica Ponte dos Arcos. Vale sentar em dos barzinhos do pedaço e tomar uma cerveja apenas para olhar a vida cotidiana.

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Caso vá na época mais seca, entre maio e setembro, tente imaginar o Rio Lençóis passando caudaloso por baixo da ponte famosa. Se estiver por lá em 23 de janeiro, confira a festa de Bom Jesus dos Passos, santo padroeiro cuja imagem (reza a lenda) deve passar por debaixo dos tais arcos para proteger a cidade de uma serpente emplumada que devoraria a população.

Arte regional. Também em Lençóis dedique-se ainda a procurar algumas obras do artista plástico Stephan Doitschinoff, irmão da chef Deborah, que ilustra paredes quando passa algumas temporadas na cidade. A capelinha, ao lado do cemitério, do outro lado do Rio Lençóis, guarda algumas de suas obras-primas. Se estiver fechada, basta pedir a chave para o zelador, que mora na casa ao lado.

Crianças na Igreja de Santa Luzia  Foto: Estadão

Para conhecer mais da arte local, o inquieto Jeovaldo Chaves Araújo, de 78 anos, o Jotacê, pode recebê-lo em seu ateliê, onde produz elaboradas peças de cerâmica com temática surrealista. Marque uma visita por telefone: (75) 3334-1678. Ah, e a parada em Lençóis não fica completa sem uma noitada pelos bares da boêmia Rua das Pedras, onde você precisa experimentar a abaíra, cachaça típica da região. / FELIPE MORTARA

Escolha a rota e gaste a sola do tênis numa boa

Quando se fala em roteiros de trekking na Chapada Diamantina, logo surgem as dúvidas: quanto tempo demora, qual o grau de dificuldade e os valores?

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Além do Vale do Pati, a principal trilha com pernoite dentro do Parque Nacional é a da Cachoeira da Fumaça por baixo, de nível difícil - de Lençóis até o Vale do Capão são três dias e duas noites acampando. O preço médio é de R$ 230 por pessoa por dia.

Do Vale do Capão também é possível conectar o Pati. Já outras opções, como do Morro do Pai Inácio até o Vale do Capão, ou do Capão até a Cachoeira da Fumaça, duram um dia e custam, em média, R$ 150. / F.M.

O QUE LEVAR

Na bagagem principal Roupas claras e leves serão suas melhores amigas, mas à noite pode esfriar - um fleece resolve. Roupas de banho e chinelo (claro) e um tênis amaciado - jamais deixe para lacear um calçado novo em uma trilha.

Na mochila de trilha Uma ou duas trocas de roupa. Use sempre calça e camiseta de manga comprida, chapéu e protetor solar. Toalha sintética; lanterna de cabeça e pilhas extras; relaxante muscular e repelente; meias e bastões de caminhada; câmera e saco impermeável

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O QUE TRAZER

A marvada As regiões de Rio de Contas e Abaíra são as duas principais produtoras de cachaça na Chapada Diamantina. Há excelentes branquinhas engarrafadas ali, como a Serra das Almas Ouro (em média, R$ 40) e a Abaíra Ouro (R$ 30)

O gostoso A altitude de mais de 1.300 metros e produção de maneira orgânica conferiram aos grãos de café produzidos na Chapada o status de gourmet. Experimente marcas como Terroá e Piatã, em média R$ 15 o pacote de 250 gramas

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