Os meninos e meninas da Casa Taiguara aproveitaram também para agradecer a receptividade não só da dona da fazenda, mas dos funcionários da Santa Sophia que vinham acompanhando o grupo nas andanças pelo Pantanal. Em algum momento, alguém se lembrou de fogos de artifício armeazenados. E o São João estilizado de repente ganhou ares de Ano Novo.
A festa não pôde ir até muito tarde porque o dia seguinte seria puxado. Metade a cavalo e metade em trator, o grupo foi até o retiro, área de apoio dos peões quando estão levando o gado para outras pastagens.
A turma que foi na frente trabalhou: cortou madeira e montou a churrasqueira - um autêntico fogo de chão. Enquanto a comida não ficava pronta, alguns aproveitaram para pescar. Do outro lado da ponte, jacarés se aqueciam sob o sol quente, deixando a beira do lago tão lotada quanto um dia de verão em Copacabana.
Depois de forrar o estômago, uma sonequinha. Ou para quem preferiu ficar acordado, uma roda de tereré - espécie de chimarrão gelado muito usado pelos pantaneiros para matar a sede. O ritual é o mesmo. Tem de tomar a bebida até o final, encher a guampa novamente com água e passar adiante. Só quando se está satisfeito é que se diz obrigado.
A janta teve como extra os peixes pescados no retiro. Ninguém conseguiu ficar acordado muito além disso. O dia seguinte seria de praia. Mas em pleno Pantanal? Exato, praia de água doce é claro, em um dos braços do Rio Negro. Os jacarés até estavam pelas redondezas, mas acharam melhor se afastar das brincadeiras de pega-pega e cambalhotas que ocuparam toda a tarde.
De quebra, um passeio de barco e a oportunidade de ver capivaras, antas e o sempre presente tuiuiú - não à toa símbolo do Pantanal. Na volta, um pôr-do-sol espetacular e uma linda lua cheia. Apesar de haver mais um dia na fazenda, o show teve ares de despedida.