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Blog do Viagem & Aventura

No centro do poder

O National Mall é como uma passarela que reúne os pontos-chave de Washington. De Segway, o passeio fica mais fácil - e bem mais divertido

Por Fabio Vendrame
Atualização:

Daniel Trielli / WASHINGTON

Memorial de Thomas Jefferson, no National Mall - Foto: Divulgação

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Cruzar os 3,5 quilômetros de comprimento do National Mall, no centro de Washington, é muito melhor quando se está montado em Rosie. Com a vantagem da altura, dá para ver um horizonte mais distante no passeio pelas vias de cascalho no jardim entre o Capitólio e o Memorial de Lincoln. O panorama mostra todo o corredor de museus na esplanada da capital americana. E também, por causa de Rosie, não é preciso se esforçar para se deslocar com rapidez. Ela não exige que a espore para acelerar ou que puxe rédeas para reduzir a velocidade. É só me inclinar para frente e para trás e ela entende o que eu quero - e responde de acordo.

Rosie não é uma égua; é um Segway - aqueles transportes individuais usados por seguranças de shopping - do Bike and Roll, empresa de passeios turísticos e aluguel de bicicleta. Ali, cada diciclo tem o nome do animal de estimação de um presidente americano (Rosie, em particular, era uma cadelinha de Ulysses S. Grant). A volta pelo eixo de monumentos e prédios históricos mais famosos da capital americana dura 2h30 e custa US$ 59.

Rolezinho de Segway na capital norte-americana - Foto: Daniel Trelli/Estadão

Se você tiver sorte, a guia vai ser a entusiasmada Jessica Lilly, de 26 anos, que define o Monumento de Washington como "um grande jogo de Jenga" - além da sustentação do elevador por dentro do obelisco, toda a estrutura é formada pelos 36 mil blocos de mármore.

Ela usa expressões como "coolest, most awesome dome ever" (mais legal e radical domo de todo o sempre) para definir a coroa do Capitólio. E, ok, ele é super cool. Com 88 metros de altura e 29 de diâmetro, a estrutura de 150 anos parece ser de pedra como o resto do prédio, mas é feita de ferro fundido.

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Capitólio - Foto: Daniel Trelli/Estadão

O passeio continua em uma rota de cerca de 10 quilômetros de extensão e passa pela frente de lugares essenciais: Casa Branca, complexo do Smithsonian, Memorial da Segunda Guerra e toda a Avenida Pennsylvania, onde está o Newseum e a sede do FBI - um prédio que o diretor vitalício J. Edgar Hoover (1895-1972) achou horrível, mas ainda assim tem seu nome.

Mensagens etéreas. Washington não é a primeira cidade a oferecer passeios turísticos de Segway, mas o tour é uma ótima maneira de ter um bom panorama e decidir aonde ir depois com mais calma. Mas há um lugar essencial - tanto que é o único ponto em que o grupo desembarca de seus diciclos: o Memorial de Lincoln, na ponta mais a oeste do National Mall.

O presidente de mármore de 5,8 metros de altura (sentado; de pé ele ficaria com 8,5 metros) descansa em uma cadeira no meio do salão, no topo da escadaria que começa na piscina que reflete a imagem do Monumento de Washington. Nas paredes laterais, os seus discursos mais famosos: o de Gettysburg, em que ele defende um governo "do povo, pelo povo e para o povo", e o de sua segunda posse, no qual ele compartilhava a esperança para um rápido fim da Guerra Civil (1861-1865) e da escravidão.

Memorial de Lincoln - Foto: Divulgação

O espírito de contemplação é afetado pela quantidade de turistas que também se aglomeram para ver uma gravura marcando o local onde Martin Luther King fez seu discurso "Eu tenho um sonho", em 1963.

Descanso. Em uma cidade com trânsito caótico e um metrô não muito confiável como Washington, o ideal é andar mesmo, nem que seja como um "pedestre comum", sem Segway. As avenidas planejadas no fim do século 18, com inspiração parisiense ainda notável, são agradáveis e arborizadas.

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Mas, mesmo assim, é melhor ficar hospedado no centro histórico - mais seguro e perto dos lugares de maior interesse turístico.

Tanta andança, contudo, exige um merecido descanso para o corpo. Os hotéis na capital americana já estão acostumados a receber políticos e funcionários públicos estressados e têm espaço de sobra para turistas que caminharam demais.

No Mandarin Oriental, a duas quadras do National Mall, o spa segue a decoração asiática predominante no prédio. Já o spa do Four Seasons tem um tratamento de massagem de 80 minutos ideal para quem usou demais as pernas: o "Retiro da Avenida Pennsylvania" começa com esfoliação nos pés e termina com massagem nas costas.

Animação garantida no Georgetown Harbour - Foto: Divulgação

O Four Seasons, aliás, fica em Georgetown, um bairro entre o Rio Potomac, o Riacho Rock e a universidade que tem o mesmo nome da região. Lojas de grife, restaurantes, docerias especiais e antiquários dividem os prédios baixos de tijolos. E, no meio de um quarteirão na Avenida M, a Velha Casa de Pedra, construção inalterada mais antiga da cidade (de 1765), lembra que, em Washington, a história está em todos os cantos. (VIAGEM A CONVITE DA CAPITAL REGION USA E DA UNITED AIRLINES)

SAIBA MAIS

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  • Aéreo: O trecho SP-Washington-SP custa a partir de R$ 2.667 na United, R$ 2.744 na American, R$ 3.238,56 na TAM e US$ 988 (cerca de R$ 2.380) na Delta. Voos com conexão
  • Trem: de Washington a Nova York são cerca de 3 horas. Mais: amtrak.com
  • Visto: formulário no tinyurl.com/eua2013.

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