PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Blog do Viagem & Aventura

Palácios de Londres homenageiam Lady Di após 20 anos de sua morte

Por Bruna Toni
Atualização:
No Palácio de Kensington, onde Lady Di viveu, a exposição 'Diana: Her Fashion Story' conta um pouco da trajetória pessoale profissional da Princesa de Gales em duas salas Foto: Bruna Toni/Estadão

Era fim de julho e boa parte das revistas vendidas nas bancas de jornal de Londres já estampavam em suas capas o monotematismo esperado para este agosto: Lady Di e os 20 anos de sua trágica morte. Fui pega de surpresa, no entanto. Minhas memórias de infância não deram dicas, até agora, de onde eu estava no dia 31 de agosto de 1997, com então 8 anos e pouca noção de mundo.

PUBLICIDADE

Mas não precisei folhear as páginas de luto de nenhuma revista para lembrar (ou mesmo conhecer) detalhes do que ocorreu. Enquanto arrumava as malas, uma troca descomprometida de canal me levou a um especial sobre os últimos dias de Diana sob o ponto de vista de paparazzi e repórteres - aqueles que, fui descobrindo de lá para cá, nunca deram trégua a ela, nem depois da morte.

Depois, em Paris, passei a procurar publicações que trouxessem Diana na capa. Encontrei-as facilmente. Já no Brasil, mais uma vez transitando sem atenção por canais aleatórios, parei no da National Geographic, que transmitia o documentário Lady Di: Suas Últimas Palavras. A mídia, mais uma vez - e mesmo vinte anos depois -, resolveu minha questão da falta de memória - se é que um dia chegou a ser uma questão. Revivi os dias conturbados da vida e da morte da princesa como se estivesse lá.

Mas aquela Diana do documentário, aparentemente mais vítima das circunstâncias do que protagonista de sua história, era diferente da Diana que eu havia trazido de Londres. A que eu trouxe veio, antes, não das revistas e documentários, mas de duas homenagens à princesa, uma no Palácio de Kensington e outra no Palácio de Buckingham.

EM FOTOS: CONFIRA AS EXPOSIÇÕES

Publicidade

PALÁCIO DE KENSINGTON

Vou começar pela homenagem do Palácio de Kensington, que é a que vale mais a pena. Ali, em uma de suas salas, a exposição Diana: Her Fashion Story traz algumas das roupas e acessórios usados por Lady Di em diferentes momentos de sua vida. Não são os paparazzi, mas a moda que se encarrega de contar a trajetória da princesa, dando pistas da personalidade dela, de suas escolhas - muitas combativas - e de suas ideias enquanto mulher, figura pública, mãe, voluntária, princesa. É uma Diana que existe independente da família real, ainda que essa parte de sua história seja essencial.

Vamos ao que se vê (sem estragar muito a surpresa, prometo). Logo na entrada, você se surpreenderá com um vestido branco frisado - maravilhoso! - que Lady Di usou numa apresentação de balé no Rio de Janeiro em 1991. Foi nessa mesma viagem que ela quebrou a convenção e dispensou o uso de luvas para cumprimentar pacientes com AIDS. Outro vestido emblemático da exposição é o usado por ela na famosa dança com John Travolta (ele conta como foi aqui).

A segunda sala traz vestidos ainda mais elegantes e menos pomposos, incluindo um pretinho básico que ousou pelo decote (pode ser visto ao fundo). Segundo a exposição, foi um dos primeiros modelos sensuais desenhados para Diana Foto: Bruna Toni/Estadão

Leia mais - O que a moda e a história têm em comum?

Ao lado de cada uma das peças expostas há uma foto de Diana usando a mesma roupa, com descrições que refletem sobre o estilo da princesa e sua transformação ao longo do tempo, contextualizando cada mudança. Quando, atrás das vitrines, os vestidos dão lugar a terninhos e saias, Diana já está traçando outro caminho que não ao lado do príncipe Charles, por exemplo.

Publicidade

A exposição não é grande, ocupando duas salas do Palácio de Kensington apenas. Mas está dentro do valor do ingresso para visitar as demais salas do belo edifício, residência da família real onde, hoje em dia, moram o Duque e a Duquesa de Cambridge - ou, como os conhecemos por aqui, William e Kate Middleton.

E por falar em William e Kate, ambos estiveram na inauguração do White Garden, um jardim de folhas brancas dedicado à memória de Diana, aberto pelo casal e pelo príncipe Harry na quarta-feira, dia 30 de agosto (veja abaixo). Além do belo jardim, vale a visita atenta às salas dedicadas à rainha Vitória, antiga moradora do palácio. Sem falar, é claro, do próprio Kensington Garden, aberto à visitação independente da entrada no palácio. O ingresso custa desde 17 libras e é grátis com o London Pass.

Visita ao memorial: Kate ao lado do Príncipe William e do Príncipe Harry. Foto: Kirsty Wigglesworth/AFP

 

A ideia é que o jardim transmita o estilo de Diana. Foto: Kirsty Wigglesworth/AFP

PALÁCIO DE BUCKINGHAM 

Ponto turístico dos mais procurados, o Palácio de Buckingham também faz sua homenagem, ainda que de forma bem mais singela e discreta. Na verdade, sua exposição temporária mais importante é a dos presentes que a rainha Elizabeth II recebeu de representantes oficiais do mundo todo (batizada Royal Gifts, vai até 1º de outubro). Mas, ao fim da visita às salas reais, nos deparamos com uma remontagem do escritório de Diana em Kensington.

O escritório de Lady Di em Kensington foi remontado no Palácio de Buckingham, com objetos e fotos escolhidos pelos filhos dela Foto: Bruna Toni/Estadão

Segundo a guia, foram seus dois filhos, William e Harry, que escolheram os objetos e as fotos expostas no pequeno espaço. Em destaque, a escrivaninha de Lady Di e sua cadeira de estofado esverdeado - se assistir ao documentário citado acima, ela aparecerá também. Papéis de trabalho, retratos dos filhos, malas, rádio, tudo organizado como se ela ainda estivesse presente.

Publicidade

Assim como em Kensington, a área dedicada a Diana faz parte da visita tradicional a algumas das salas reais do palácio e os tíquetes custam 23 libras para adultos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.