Natalia Mazzoni / GUSTAVIA
Na madrugada de um domingo, deixei São Paulo e parti em busca do paraíso. Queria ver se a história de que existe um mar muito mais azul do que o nosso é verdade ou coisa de Photoshop, filtro de Instagram. E, afinal, estar numa das ilhas do Caribe pode parecer a melhor das ideias para esticar as pernas sem pensar em nada. Mas o pacote teria de ser completo: praia de tirar o fôlego, camisas floridas, paisagens incríveis e drinques coloridos.
Na programação, dois destinos: Saint-Barthélemy (St. Barth, para os íntimos) e St. Maarten, duas ilhas vizinhas. A primeira, de colonização francesa, é conhecida como a preferida de celebridades do mundo todo. Mais despojada, a segunda é território livre de impostos e cheia de particularidades. Metade holandesa, metade francesa, é como um resumo da mistura de culturas que é o Caribe. Afinal, apesar dessa divisão, todos falam... inglês.
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Não se trata da única ilha caribenha onde você vai encontrar disparidades. Na Jamaica, por exemplo, a mão é inglesa, mas, como os carros vêm dos Estados Unidos, a direção fica do lado de quem dirige na mão francesa.
Depois que Colombo aportou no que hoje é a República Dominicana, o Caribe foi colonizado, em geral, por ingleses, franceses, espanhóis e holandeses, povoado por escravos trazidos da África e palco de disputas entre piratas. Ainda assim, cada ilha condensou o mix de influências culturais ao longo do tempo à sua maneira.
E, se há alguns anos, eram os turistas norte-americanos os que mais ocupavam suas areias branquinhas, agora as ilhas caribenhas voltam os olhos para os brasileiros. A malha aérea é o melhor exemplo. Mais voos diretos ou com conexão no Panamá surgem a cada ano. A viagem via Miami (e a consequente obrigatoriedade do visto) virou opção para quem quer dar uma esticadinha.
E tem mais: em St. Barth, por exemplo, os comerciantes já fazem aulas de português. Sim, o Caribe está ficando cada vez mais do jeito que o brasileiro gosta.