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Turquia: Bons ventos levam a Alacati

Antigos visitantes de veraneio, adeptos de wind e kitesurfe, tornaram-se moradores - e encheram de arte, hotéis, restaurantes e badalação o pequeno balneário no Mar Egeu

Por Fabio Vendrame
Atualização:

Alacati proporciona excelentes condições para o windsurfe - Fotos: Ayman Oghanna/NYT  Foto: Estadão

Rooksana Hossenally / ALACATI/ THE NEW YORK TIMES

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Uma cidade turca cheia de aposentados e conhecida por suas fantásticas condições para o windsurfe, mas sem oportunidades de emprego para os jovens, foi tomada pelo êxodo e abandono há cinco anos. Mas este ponto no Mar Egeu vive agora um renascimento, já que crianças de grandes cidades da Turquia que passavam férias por lá na década de 1980 cresceram e voltaram para ficar.

Apelidada de "nova Bodrum" por sua semelhança com o balneário mais ao sul, Alacati (pronuncia-se a-la-cha-té) vem atraindo há anos intelectuais e artistas turcos para a península Cesme. E, agora, um novo conjunto de moradores estilosos tem criado empresas no centro da cidade. Eles converteram antigas casas de pedra arruinadas em lojas de decoração, hotéis butique, galerias e restaurantes.

Com menos de 10 mil habitantes, Alacati não é nenhum segredo para praticantes de wind e kitesurfe, principalmente por causa de suas condições de mar e vento ideais, mas também porque tem recebido competições internacionais nos últimos sete anos. No final de 1970, a área se tornou o lar de uma escola de windsurfe popular, que por sua vez atraiu uma multidão de endinheirados urbanos da Turquia com ambição (e recursos) para dar ao destino todo um novo jeito de ser.

A Bazen, por exemplo, é uma galeria de arte com ares butique no coração da cidade. Banu Maga, de 43 anos, uma artista de Istambul, abriu a loja no verão passado e a descreve como o projeto dos sonhos de criança. Banu costumava vir para Alacati com seus pais muitos anos antes de decidir alugar uma das casas de pedra. Em meio a joias de prata e caftans de seda, ela mostra a arte de seu pai e suas próprias criações em cerâmica. "Gosto de surpreender as pessoas. Meu objetivo é mostrar arte onde não se espera", afirma.

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Atmosfera. Locais inusitados surgiram nas proximidades, como a galeria Eskiden. Aberta há quatro anos por Oktay Durna, de 47, ex-apresentador de TV e rádio de Ancara, a galeria vende cerâmica e vidraria romana autêntica com idades que variam de 150 a 400 anos. Como muitos recém-chegados, ele veio pelo windsurfe, mas achou a mistura da velha e da nova cultura turca tão mágica que se mudou em 2006. "Alacati é o lugar onde o tempo se funde com prédios sem idade em sua atmosfera única", diz.

Hotel Bey-Evi  Foto: Estadão

Em cada curva, surge um restaurante com pátio arborizado. Os hotéis são agradáveis, raramente com mais de 10 quartos. O Bey-Evi tem apenas sete (e uma piscina ao ar livre). Para algo um pouco mais boêmio, Nars Alacati exala um charme de lodge de caça com móveis de couro envelhecido e tecidos coloridos que lhe dão ares tribais.

A vibração pacata, porém chique, da cidadezinha também se manifesta em estabelecimentos mais contemporâneos, como o Su'dan. Neste bar, um armário repleto de curiosos objetos de decoração e punhados de produtos orgânicos sobre uma mesa de madeira são o foco principal.

Com um terraço imperdível, o restaurante Eflatun serve a cozinha caseira de Nalan Kocaoglu. Aos 50 anos, ela tinha dois restaurantes em sua Istambul natal, mas, depois de visitar Alacati nas férias, os vendeu e se mudou para cá. "Caí de amores pela vila, as pessoas e seu ambiente."

SAIBA MAIS:

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  • Passagem aérea: o trecho SP-Istambul-SP direto custa a partir de R$ 2.712 na Turkish; com uma conexão, desde R$ 2.272 na Etihad; R$ 2.283 na British Airways; R$ 3.040 na Lufthansa. O trecho entre Istambul e Izmir, o aeroporto mais próximo de Alacati, custa desde 77 euros na Atlas Jet e 98 euros na Turkish
  • Ônibus: de Izmir a Alacati são cerca de duas horas (6 euros)
  • Mais informações em goturkey.com

 

 

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