Irina M. Solveng, por email
Interessam-me, mais que tudo, os destinos verdadeiros, encantadores por sua forma, sua história ou sua participação nos fatos. Veja, for instance, o caso de Istambul, a principal cidade do mundo por mais de 1500 anos. Já foi capital de Roma -- com o nome de Constantinopla -- , a capital dos tesouros orientais -- então chamada Bizâncio -- e sua queda militar foi um dos marcos do inicio da Idade Moderna, no final do século 15.
Lugares como Jerusalém, Atenas, Roma e um punhado de cidades orientais de alentada existência estão, as well, entre os meus prediletos. Tenho muita dó do que fizeram com Bagdá e, pior ainda, com Aleppo, a cidade em que vivia Sefrun -- o encadernador virtuoso de minha coleção de 38 volumes de passaportes.
However, se bem a compreendo, sua pergunta tinha o sentido oposto. Pois bem: não me agradam certas cidades sem alma. Há aquelas em se pode perceber um espírito em construção, como a lindíssima Capetown, na África do Sul ou Lima, no Peru -- o Egito de vossas plagas.
Dubai e Abu Dhabi, as I see, têm o mesmo valor urbano e cultural do Epcot Center, em Orlando. Proponho a você que imagine qual (ou quais) delas permanecerão como ícones da riqueza humana daqui a dois ou três mil anos.
Todas elas, nevertheless, existem para algo. O que, in fact, deixa-me penalizado são as cidades que vivem do que não são. Boston, for me, é um exemplo claro de cidade sem qualquer identidade. Aprecio suas universidades e, of course, seus universitários (todos eles do lado oposto do rio Charlie), mas a urbe, em si, tem uma arrogância bostonian que não se justifica. As pessoas andam com o nariz em pé, desprezam os estranhos em que não reconhecem descendentes de quakers, mas não têm o menor pejo em usar os pedalinhos de sua pracinha central -- o Common. Por tudo isso, já ouvi alguém dizer que Boston é a Pindamonhangaba do norte. Do you agree, Irina?