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Ele (ainda) é o homem mais viajado do mundo.

O Brexit e Henrique VIII

Nosso viajante foi visitar compadres cujos filhos casam-se na Calmúquia, um país que não vê a hora de separar-se da Rússia mas, por enquanto, é a pátria mundial do xadrez, por ordem governamental. Ele recebeu essa pergunta de sua leitora Cleo Soares, por email:

Por Mr. Miles
Atualização:

Mr. Miles: ao mesmo tempo em que manifesto minha alegria em poder vê-lo no blog do Estadão, gostaria de pedir sua opinião sobre o Brexit.

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Well, my dear: obrigado por estar junto comigo. Sobre o Brexit, eu diria que, geologicamente ele ocorreu há milênios. Nosso querido Reino Unido não faz parte da Europa (ou será que é a Europa que não faz parte de nosso arquipélago?) What do you think?

Lembra-me uma antiga manchete -- acho que foi do London Times -- que, durante uma borrasca no English Chanel, informou em letras garrafais: "Tempestade no canal: a Europa está isolada".

Amazing, isn't it?

However, deixando as brincadeiras de lado, ouso dizer que, embora democrática, a tentativa do Brexit é a situação mais patética pela qual passamos em milênios.

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Em tempos em que os povos se unem para tirar melhor proveito de suas vocações, abrem suas fronteiras e diminuem velhas antipatias, a tentativa do Brexit é uma colossal volta ao passado.

Eu diria, my God, que, depois disso, só podemos imaginar a volta de Henrique VIII. Há um lugar do mundo -- a provinciana Catalunya -- que também quer viver longe do mundo.

Well: juntar faz sentido. Separar é remar na contramão da História.

Don't you agree, my dear?

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