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Ele (ainda) é o homem mais viajado do mundo.

O melhor é que tudo muda a cada dia

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Por Mr. Miles
Atualização:

It's amazing. De cada dez correspondências que recebo, cinco pedem uma objetividade que desconheço. Querem saber qual é o lugar mais bonito do mundo. Qual é a cidade mais exótica? O povo mais simpático. A comida mais saborosa.

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Well: aceito o fato de que um grande viajante está sujeito à emissão de julgamentos. Posso dizer, for instance -- e sem a menor sombra de dúvidas -- que Paris é muito mais atraente do que Caracas -- sem qualquer consideração politica envolvido -- e que o vinho da Borgonha tem uma ligeira superioridade sobre os vinhos que produzimos em Sussex ou em Kent, ainda, unfortunately, sem qualquer brilho.

Posso dizer, que o o oceano Índico tem as águas mais cristalinas, mas nem tanto assim se comparado a certas ilhas da Polinésia. Serei, I'm sorry to say, vago e errante nas minhas perorações, exceto se confrontado com verdades indesmentíveis. And you know what? Quem sou eu para considerar verdades indesmentíveis?

Ao viajar, tenho a sensação de que me aproximo mais do sábio que estuda muito. Aumentam minhas dúvidas e ampliam-se, therefore, minhas possibilidades.

É claro que tenho opiniões: acho de uma beleza inquestionável os fiordes da Noruega; julgo indesmentível que os lagos chilenos, cercados por vulcões cônicos (e não icônicos) têm um valor superior para a alma de quem tem a alegria de vê-los.

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Como apreciador de pássaros, farto-me no Pantanal, em Botsuana e em certas áreas de Papua Nova Guiné.

Mas, assim com você que me escreve, ouso imaginar que não há nada definitivo nesse universo de julgamentos. Somos diferentes a cada dia -- e, thank God, assim são nossas preferências.

Vulcão Osorno, no Chile  
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