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Curiosidades, entrevistas e lugares paradisíacos

A sorte acompanha os audazes! "Fortuna Audaces Sequitur"

Esse é o lema desses grandes guerreiros da Marinha do Brasil. Lindo né?!

Por Karina Oliani
Atualização:

Sempre admirei a força, a coragem, a humildade e os valores inabaláveis que acompanham os grupos de operações especiais.

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Durante toda minha vida acumulei diversas experiências de sobrevivência: já passei 2 semanas no meio da floresta amazônica junto aos guerreiros do CIGS, fiz um treinamento com a Força Aérea Brasileira pra poder voar com os pilotos de caça da elite da FAB, treinei durante dias com os soldados da Infantaria de Montanha, me capacitei em cursos do Corpo de Bombeiros e do Grupamento de Resgate, e por aí vai... Faltava conseguir autorização pra participar e ser aceita em um dos treinamentos militares mais desafiadores e casca grossa do país!

Depois de meses de muita conversa e e-mails, pela primeira vez na vida eu faria um treinamento com os mergulhadores de combate da Marinha do Brasil!

 Foto: Estadão

Mas para quem acha que uma semana na pele de um marinheiro seria só desbravar os mares está muito enganado.

O GRUMEC (Grupamento de Mergulhadores de Combate) é uma unidade militar de operações especiais da Marinha. O curso capacita seus militares a executar diversos tipos de operações, por isso se aprende a operar desde equipamentos de mergulho até armamento e explosivos.

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Além de ser o curso operacional mais longo das Forças Armadas Brasileiras, é conhecido por ser um dos mais rigorosos. Para se ter uma noção, de cada 20 inscritos, em média apenas 6 conseguem concluí-lo.

 Foto: Estadão

Já os Comandos Anfíbios (COMANF) são uma tropa de forças especiais do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha. A finalidade principal desse batalhão é contribuir para execução do poder naval, efetuando ações de reconhecimento, comandos, resgate de reféns, retomada de instalações. Todos os anos, seus militares fazem treinamentos no Brasil e no mundo, em busca do aperfeiçoamento e exatidão de suas técnicas de combate para operar em diferentes ambientes e climas. São extremamente condicionados física e mentalmente.

 Foto: Estadão

Antes de realizar qualquer tipo de ação, fui submetida a diversos treinamentos em terra, na piscina e no mar. Um deles foi pular de uma plataforma de salto de uns 8 metros de altura. Seria tranquilo se eu não estivesse amarrada!

Minhas mãos estavam presas junto as minhas costas e a corda que atava os meus tornozelos estava tão forte que não cabia um dedo entre eles. Ao afundar, a sensação era de que eu não conseguiria subir para superfície de volta toda amarrada e me afogaria!

 Foto: Estadão

Tive ainda que fazer umas das atividades físicas mais desafiadoras da minha vida: flutuar com um fuzil de quase 5kg sem afundar. Não deu: afundei bonito! Só consegui realizar o exercício quando estava sem o fuzil mesmo!!!

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Durante esses treinamentos são criadas situações específicas para preparar e testar a habilidade dos alunos em suportar situações operacionais de extremo desconforto, em condições psicológicas adversas: em exposição ao frio, sono escasso, cansaço e ao racionamento de comida e água.

 Foto: Estadão

Devidamente treinada (e já exausta), era hora do show! Nossa primeira ação seria entrar no Submarino Tupi com os mergulhadores do GRUMEC e dele pegar uma lancha para subir no Navio NPaOc Amazonas(Navio de Patrulha Oceânica). E quando digo subir aqui, me refiro escalar do bote até o convés por meio de uma escada de arame bamba. Ah, com o navio em movimento, claro!

 Foto: Estadão

Cair nessa situação não era mesmo uma opção já que a hélice do navio a todo vapor me trituraria em segundos.

Pernoitaríamos no navio para próxima missão: junto aos COMANDOS ANFÍBIOS, nossa função era se infiltrar, sem sermos percebidos, em uma praia e executar um resgate de refém com destruição de "alvos" (ou seja, eliminando os sequestradores).

 Foto: Estadão

Na primeira luz do dia, entramos na água gelada e turva para realizar a ação. Não enxergava nada e ao mesmo tempo não podia fazer nenhum tipo de movimento mais brusco para não ser descoberta por quem estava em terra.

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Chegando a costa ainda fizemos lançamentos de granada e disparamos balas de festim.  Mesmo sendo só uma simulação, esses caras não estavam para brincadeira. Por um momento pensei que estávamos mesmo resgatando alguém de verdade, meu coração estava disparado!

 Foto: Estadão

Sem dúvida, esses são os mergulhadores mais incríveis que já conheci e tive a grande honra de mergulhar ao lado e agora, terei o prazer de compartilhar essa aventura incrível com você no Aventuras Urbanas do Esporte Espetacular nesse domingo, 22/01! Não percam!!!

 

AGRADECIMENTOS:

Marinha do Brasil (https://www.marinha.mil.br/)

Hotel Vilamar Copacabana (http://hotelvilamarcopacabana.com.br/)

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