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Curiosidades, entrevistas e lugares paradisíacos

Um grande sonho realizado

Uma aventura inesquecível nos céus!

Por Karina Oliani
Atualização:

A Força Aérea Brasileira foi formada quando os ramos aéreos do Exército e da Marinha se juntaram em uma força militar única e compartilharam seus equipamentos, instalações e os soldados para a nova força armada.

Ela teve seu batismo de fogo durante a Segunda Guerra Mundial participando da guerra antissubmarino no Atlântico Sul e, na Europa, como integrante da Força Expedicionária Brasileira que lutou ao lado dos Aliados na frente italiana. Segundo Flight International e do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, a FAB tem 77.454 militares e opera com uma média de 627 aeronaves, ganhando o posto de "A maior força aérea do hemisfério sul" e a segunda da América, ficando atrás apenas da Força Aérea dos Estados Unidos.

 Foto: Estadão

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E eu tive a oportunidade de conhecer esses guerreiros, participar do treinamento mais exigente de pilotos de elite da FAB e ainda fazer alguns vôos em um Super Tucano!! O caça A-29 desenvolve 300 nós de velocidade, em torno de 560 km/h, é equipado com motor turboélice de fabricação canadense, com equipamentos de mira laser que permitem um alto grau de precisão no uso de bombas guiadas. Ele pode ser empregado com mísseis antitanque e tem certa capacidade de autodefesa com dois mísseis ar-ar.

O Super Tucano A-29 pode ser utilizado em dois tipos de missão: a Força Aérea Brasileira o usa em combate à guerrilha, e é empregado como monoposto, e também é usado como avião de treinamento avançado, para o cadete aprender a utilizar armamento nele, e neste caso vai uma tripulação de dois pilotos: um aluno e um instrutor. O A-29 é equipado com blindagens adicionais quando está em uso em missões contra a guerrilha.

 Foto: Estadão

Esse avião caça pode fazer novas manobras rápidas que exigem esse aumento da força da gravidade sobre os pilotos e a medida que a gravidade aumenta, o piloto vai perdendo seus sentidos gradativamente. A visão periférica de a distinção de cores são os primeiros sentidos perdidos até chegar a perda total da consciência em voo. Na fisiologia aeroespacial, isso é chamado de G-LOC e dependendo das circunstancias, pode levar à queda do avião.

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Para eu conseguir voar nesse avião de caça, precisei passar por um treinamento que me levou até o IMAE. O instituto de Medicina Aeroespacial é uma unidade voltada para a pesquisa e treinamento de pilotos e militares da FAB ligados ao voo no que tange as limitações do seu corpo e o estudo de suas capacidades. Conheci e entrei na única câmara hipobárica do Brasil, onde são simuladas situações de descompressão e os militares aprendem a reconhecer sinais da hipóxia, condição de falta de oxigenação do corpo que causa a perda rápida da consciência.

 Foto: Estadão

Com o auxílio da câmera hipobárica senti os mesmos sintomas da falta de oxigênio que sentiria quando estamos dentro do cockpit a 9000 metros de altitude, sob o aumento da pressão que a força da gravidade faz sobre o corpo humano em altitudes maiores. Todas as reações são monitoradas por médicos e engenheiros que ficam o tempo todo acompanhando do lado de fora da câmera.

Se eu fosse reprovada em qualquer um deles, eu não poderia embarcar no Super Tucano! E se você acha que somente esse treino eu já estaria apta para finalmente voar, vocês estão enganados! Havia mais uma parte do treinamento que é um simulador de vôo, uma outra etapa do treino antes de sair do chão.

Voando com a FAB, as manobras chegam a atingir com 6g Foto: Estadão

Depois veio o treinamento da cadeira de ejeção, a maior adrenalina numa fração de segundos. Um banco ejetável parece igual a qualquer outro assento para os pilotos. Ele é composto pelo assento, pelo encosto e também por um apoio para cabeça e as diferenças de um assento comum e um ejetável ficam ao redor do assento. Ele é afixado em trilhos, pelos quais ele sobe quando o sistema de ejeção é ativado. Este sistema pode ser baseado em um mecanismo explosivo ou de balística, isso que faz com que a cadeira seja disparada junto com o piloto, para fora do cockpit, acionando um paraquedas, para uma descida em segurança. A velocidade em que a cadeira é arremessada pode ser feita em 1 segundo alcançar a força de até 16 g! Esse treinamento é um dos mais perigosos na aviação.

 Foto: Estadão
Depois de todos os testes, finalmente tinha chegado a minha hora! O coração a mil, pois suportar quase sete vezes a força da gravidade não foi tarefa fácil e em alguns momentos pensei que fosse desmaiar mesmo fazendo as manobras que aprendi anti-g. Foto: Estadão

Quer saber como foi a minha reação durante esse vôo na velocidade máxima? Então fica ligado em Aventuras Urbanas no Esporte Espetacular esse domingo que você verá todos os detalhes dessa missão incrível!

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Agradecimentos:

FAB (http://www.fab.mil.br/index.php)

MIT (www.mitsubishimotors.com.br)

Pitaya Filmes (www.pitayafilmes.com.br)

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