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Duas jornalistas caem no mundo unindo duas paixões: viajar e ajudar o próximo. Aqui, elas relatam as alegrias, os perrengues e os aprendizados dessa experiência.

De volta à normalidade

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Por Bruna Tiussu
Atualização:
Na segunda semana de aulas, as crianças resolveram voltar. Foto: Bruna Tiussu

Hoje é quinta-feira e já estou só o pó. Nem reclamo. O cansaço é por conta do enfim retorno das aulas regulares. Ao contrário da semana passada (leia aqui sobre ela), nesta as crianças apareceram em peso. Eis que a normalidade volta a reinar na Furman Foundation School!

Como normalidade entenda uma correria louca de crianças pra lá e pra cá; uma empolgação ora contagiante, ora assustadora; tardes nunca mais livres, pois muitas delas aqui permanecem após o fim das aulas; e arroz por todos os cantos da escola -- sim, também voltamos à programação usual de almoço.

Arroz nos pratos e por todos os lados da escola. Foto: Bruna Tiussu

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Mas, como disse, não reclamo. Vivenciar uma escola em seu pleno funcionamento e poder entender seu dia a dia é das experiências mais extraordinárias que já vivi. Uma fonte riquíssima de aprendizado.

Neste ano letivo, por exemplo, os diretores resolveram adotar algumas mudanças. Ao invés de manter um professor em cada série, fomos todos -- os fixos e nós, voluntários -- divididos por matérias. Então eu, Madam Bruna, agora dou aulas de esportes, artes, leitura e spelling para quatro séries: da primeira à quarta.

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Madam Bruna também está de volta. Foto: Eduardo Asta

O que é uma baita responsabilidade. Sinto-me obrigada a entender bem os programas educacionais de cada série. Gasto tempo e ideias preparando atividades cujos conteúdos se encaixem neles. E me preocupo que elas estejam conectadas entre si, para facilitar a percepção do progresso (ou não) de cada aluno.

Além disso, é necessária toda uma didática para lidar com os pequenos sozinha numa sala de aula. Pois os professores fixos são mais rígidos e sabem manter certa distância. Já eu não me aguento. Sou sorrisos, beijos e abraços. Daí é claro que o comportamento deles comigo é um tanto mais indisciplinado.

Bancar a professora numa escola funcionando a todo vapor é isso: uma sucessão de desafios diários. Mas, de novo, eu não reclamo, não.

Coisa boa é ver a classe cheia. Foto: Bruna Tiussu
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