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Chavela Vargas canta rancheras en los cielos

Sua voz materializava a dor das rancheras mexicanas.

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Por Paulina Chamorro
Atualização:
 Foto: Estadão

Chavela Vargas se foi.

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Recebi uma imagem, no mesmo domingo dia 5, que diz "Los mariachis callaron... A partir de hoy las amarguras volverán ser amargas".

Assim como a argentina Mercedes Sosa  tinha o  poder de juntar na sua voz a dor de uma América do  Sul que queria se libertar, que enaltecia el pueblo, na voz de Chavela Chavela ( nascida Isabel Vargas Lizano)passaram os boleros e rancheras mais sofridos que você possa imaginar.

Nasceu na Costa Rica, mas era o símbolo do México, onde morou a maior parte de sua vida.

Devido a sua avançada idade, 93 anos, vivia dizendo que ia parar. Mas com o mesmo poder de surpreender sempre, anunciava uma série de shows. Tinha twitter e brincava com seus fãs sobre novos discos e apresentações.

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Chavela tornou-se conhecida internacionalmente (me refiro além do mundo de língua hispana que já a reverenciava) depois de aparecer no filme 'Frida', na música La Llorona, contracenando com a atriz Salma Hayek (que dirigiu e produziu o  filme), que por sua vez interpretava Frida.

Veja aqui este momento:

 

Uma referencia elegante a um passado cheio de aventuras de Chavela Vargas, que inclui um romance com a pintora mexicana Frida Kahlo e por quem sempre se declarou apaixonada.

Foi amiga de grandes nomes da arte do Século XX. Esteve em três filmes do  Almodóvar também.

Quando jovem se apresentava com roupas masculinas, bebia no palco, fumava e tinhauma atitude provocativa. E esta voz que era a própria materialização da dor.

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Recomendo ouvir para sofrer com propriedade. Sufrir, largo sufrir.

Chavela faleceu de insuficiência respiratória no seu México amado.

E aqui separei uma publicação  do  jornal  espanhol El País, que publicou o  mais lindo  texto  da trajetória de Chavela Vargas, onde  diz que ela era como os toureiros: sempre se despedia e sempre voltava. Tem links para textos de seus admiradores, como o próprio diretor Pedro Almodóvar.

Fallece Chavela Vargas, la mujer que forjó un mito latino - El PAÍS

 

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