Em novembro vamos pela primeira vez à África do Sul. Temos 15 dias e gostaríamos de ir à Cidade do Cabo, fazer a Rota Jardim e visitar duas vinícolas. Vale a pena conhecer Johannesburgo? Adriana, São Paulo
Duas semanas é uma duração excelente para o objetivo da viagem. A decisão de não priorizar safáris é acertada: a época mais propícia para as grandes reservas naturais vai de maio a outubro. Como vocês vão chegar por Johannesburgo, vale a pena ficar duas noites para se recuperar da viagem. No dia da chegada, visitem as atrações centrais, como Constitution Hill e o mirante do Carlton Center, e jantem no complexo Maboneng Precinct. No dia seguinte, façam o tour a Soweto e visitem o Museu do Apartheid.
Voem a Port Elizabeth, para fazer a Rota Jardim rodando na pista junto ao mar (na África do Sul dirige-se pela mão inglesa). Fiquem duas noites; no segundo dia, façam um bate-volta ao Addo National Elephant Park, a 40km. Iniciem a Rota Jardim rodando 280 km até Knysna, com uma paradinha para almoçar em Jeffrey’s Bay. Knysna é a mais charmosa das cidadezinhas costeiras e vale duas noites. No dia seguinte, façam um passeio de observação de baleias.
O próximo dia de estrada inclui um desvio para o interior até Oudtshoorn, para visitar as cavernas Cango e uma fazenda de avestruzes, retornando à costa em Mossel Bay. No total serão 210 km percorridos. Durmam duas noites em Mossel Bay; no dia seguinte, façam um mergulho com tubarões brancos (vocês estarão protegidos numa jaula).
Preparem-se para um dia puxado na estrada para cobrir os 370 km entre Oudtshoorn e Stellenbosch, na região vinícola junto à Cidade do Cabo (escolham a estrada que vai por Paarl). Fiquem três noites, para descansar do périplo, visitar vinícolas, comer e beber.
Fechem a viagem com quatro dias na Cidade do Cabo. Monitorem a previsão do tempo para escolher o dia mais favorável para subir à Table Mountain, o Pão de Açúcar deles. Um dos dias deve ser dedicado a um passeio ao Cabo da Boa Esperança; no caminho vocês param para ver os pinguins em Boulders Beach. Mesmo já tendo ido a Soweto e ao Museu do Apartheid em Johannesburgo, eu recomendo que vocês visitem o Museu do District Six, que documenta a extinção do bairro mais vibrante da Cidade do Cabo. E não se contentem com a oferta de restaurantes do V&A Waterfront (o “Fisherman’s Wharf” da cidade): a cena gastronômica mais criativa hoje está entre os bairros de Waterkant e o Centro.