A Ordem de Malta

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A Ordem dos Cavaleiros de São João foi fundada no século 11, durante as Cruzadas, para proteger peregrinos cristãos na Terra Santa. Os muçulmanos expulsaram a organização do Oriente Médio em 1291 e ela buscou refúgio na ilha de Rodes. No século 16, o sonho de retomar Jerusalém ficou mais distante quando os otomanos botaram todos para correr do Mar Egeu. Em 1530, sem ter para onde ir, aceitaram a sugestão do imperador Carlos V e se mudaram para Malta. Prevendo novos conflitos contra os turcos, o grão-mestre Jean Parisot de la Valette construiu uma linha de fortes: St. Angelo, St. Elmo e St. Michael, que até hoje dominam a paisagem do porto. A frota turca chegou na primavera de 1565 com 30 mil soldados. O sultão Suleiman pretendia cercar a ilha, matar a população de fome e usar Malta como base para invadir a Europa. Entre ele e o sul da Itália, porém, estavam 700 cavaleiros e 5 mil malteses, que resistiram por seis meses e fizeram o sultão bater em retirada. Em gratidão, monarquias europeias enviaram dinheiro para construir Valeta (foto) - homenagem ao grão-mestre La Valette. Foi a primeira cidade planejada da Europa, com traçado em xadrez, sistema de água subterrâneo e um conjunto de muralhas. Hoje, com 7 mil habitantes, é a menor capital do continente. Após se consolidar na ilha, a Ordem de Malta trouxe o renascimento da Itália, que deixou de herança o Palácio do Grão-Mestre e a catedral de St. John. Os prédios renascentistas, porém, foram atropelados pelo barroco, que tomou a decoração interna e dominou o país. / C.D.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.