A primeira máquina de casquinha de sorvete?

Restaurante Doumar's se gaba de possuir a tal engenhoca, embora haja controvérsia

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Por Monica Nobrega
Atualização:

Vestido com avental, boné e gravatinha borboleta que lhe garantem a aparência inegável de sorveteiro, Al Doumar é também uma espécie de relações-públicas de um dos endereços mais históricos de Norfolk, gastronomicamente falando. No restaurante Doumar's está aquela que teria sido a primeira máquina a fabricar casquinhas de sorvete no mundo.

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Aos 90 anos, Al opera a engenhoca, formada por cones de ferro nos quais são moldadas as casquinhas, no período da manhã. Chega a fazer 200 delas a cada dia. De tarde, ainda recebe os clientes com toda a disposição do mundo para ser fotografado, mostrar um álbum de fotos e recortes de jornais sobre a família e repetir a história da invenção - cujo pioneirismo, aliás, é contestado.

A verdade é que, além do imigrante sírio Abe Doumar, há ao menos outros quatro possíveis criadores da casquinha de sorvete. De quase certo, sabe-se que foi na Feira Mundial de St. Louis, cidade no Estado americano de Missouri, em 1904, que os visitantes viram e saborearam pela primeira vez a novidade. Sobrinho de Abe, Al diz que o mérito comprovado do tio foi ter adaptado os cones de ferro usados para fazer waffle. Nem isso é motivo de consenso.

Quanto ao sabor, bem, parece mesmo waffle. Um pouquinho adocicadas, leves e crocantes, as casquinhas acomodam seis variedades simples de sorvete, cujos sabores são baunilha, chocolate, noz-pecã, morango, limão e laranja, a preços entre US$ 2,10 (uma bola) e US$ 3,50 (cone gigante).

De resto, o

Doumar's

é um restaurante americano típico, com mesas coloridas apoiadas na parede e um estacionamento enorme para quem quer comer no carro mesmo. Serve hambúrguer, batata frita, milk shake e litros de refrigerante, a preços que nunca vão além dos US$ 6. Ótimo para uma calórica refeição típica. / M.N.

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