Aarhus, a pequena notável da Dinamarca

Cidade começa a entrar no roteiro de quem visita a Escandinávia. Para sentir a vibração local, pedale ou caminhe lado a lado com moradores – boa parte, jovens universitários

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Por Redação
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Quando o clima esquenta, é época de curtir festivais como o Spot, em maio Foto: Laura Maia|Estadão

Se por uma lado pronunciar corretamente o nome desta cidade é difícil, por outro, encantar-se por Aarhus não requer esforço algum. Eleita Capital Europeia da Cultura em 2017, a segunda maior cidade da Dinamarca finalmente saiu das sombras de Copenhague e ganhou o destaque que merece no roteiro de quem visita a Escandinávia.  Aarhus (que soa algo como "órrus") é vibrante, charmosa e consegue reunir o que há de melhor em uma "pequena grande cidade", como brincam por aqui. Isso porque ao mesmo tempo em que ostenta construções históricas e premiadas, restaurantes estrelados e museus internacionalmente reconhecidos, a cidade é extremamente aconchegante e a maioria de suas atrações podem ser visitadas a pé ou de bicicleta. Basta se perder por suas ruas estreitas, salpicadas de cafés e ciclistas, ou passear pelos bosques com vista para o Mar Báltico, que fica fácil entender o porquê de cada vez mais gente esticar a viagem até esse cantinho do Reino da Dinamarca. Localizada na península de Jutlândia, a cerca de três horas de trem de Copenhague, Aarhus tem 330 mil habitantes, dos quais 40 mil são estudantes universitários. É a cidade com a população mais jovem do país, o que pode explicar não só a animada vida noturna, mas também o destaque da arte contemporânea e o grande número de pais jovens pedalando pela cidade com seus filhos.   

Como no resto do reino, faz bastante frio ao longo do ano e, por isso, é importante escolher bem quando ir. No inverno, a luz do dia pode durar apenas algumas poucas horas, as temperaturas caminham pelo terreno negativo e a neve aparece em algumas semanas para enfeitar a cidade. Nessa época do ano, portanto, os museus são os maiores destaques, uma vez que as praias ficam geladas e os bosques, pelados. Mas na primavera e no verão, a cidade se transforma. 

As mãos, que ficaram reféns do frio durante tantos meses, agora estão sem luvas segurando uma cerveja na beira do rio. O verde toma de volta os bosques, pequenas margaridas brotam na grama e, finalmente, chegou a hora de esperar por uma mesa na calçada dos cafés.

Os estudantes voltam a ler nos parques, as crianças correm nuas pelas praias e tudo vira uma desculpa para estar ao ar livre e soprar um dente-de-leão. Estamos falando aqui de temperaturas que rondam os 20, 25 graus, e um sol que se põem só para lá das 22 horas. O céu só ficará completamente escuro por poucas horas. 

Aahrus está entrando no roteiro dos viajantes que vão para Dinamarca Foto: Kim Wyon|VisitDenmark

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Há algo de muito especial nas longas noites de verão dinamarquesas. Espera-se tanto por isso que é um privilégio poder estar ali diante desse reencontro com o sol.

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