Acervos arejados e instalações urbanas

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Por Redação
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Munique está repleta de excelentes museus, mas nenhum tem provocado tanto entusiasmo como o Lenbachhaus (foto), reaberto em maio depois de uma reforma que durou quatro anos (Luisenstrasse, 33; ingresso a 10). O novo saguão do museu brilha num turbilhão de vidro colorido e aço, obra de Olafur Eliasson. Impressiona também sua nova ala, de três andares, projetada por Norman Foster. Por trás da surpreendente fachada de tubos de bronze pintados, o local abriga uma maravilhosa coleção de obras expressionistas de Wassily Kandinsky, Franc Marc, Paul Klee e outros artistas do grupo Blaue Reiter (Cavaleiro Azul), fundado em Munique no início do século 20.A cidade, por sinal, tem se tornado bastante versátil no tocante a exposições artísticas. Enquanto a Pinakothek der Moderne esteve fechada para reforma em setembro, mostras e eventos multidisciplinares foram apresentados na Schaustelle (esquina da Gabelsbergerstrasse com a Türkenstrasse), um pavilhão temporário que fica ao lado do museu de arte moderna. A proposta do pátio que circunda o edifício, pontilhado de obras geométricas feitas de madeira bruta, também é se tornar uma galeria ao ar livre. Próximo dali está o MaximiliansForum (Metrô Maximilianstrasse/Altstadtring), uma galeria subterrânea que, do nível da rua, parece ser uma passagem em desnível para pedestres, mas, na realidade, abriga uma mostra rotativa de instalações de arte e hospeda uma soturna escultura urbana. Já a Haus der Kunst (Prinzregentenstrasse, 1) é um edifício imponente com um legado nazista complicado, mas o diretor nigeriano Okwui Enwezor está absorvendo esse passado para dar impulso a um museu de arte contemporânea no futuro. Recentemente, os antigos abrigos antiaéreos foram transformados em espaço de exibição dedicado a instalações de vídeo.

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