Festa. O festival de inverno de Guaranhuns dura dez dias e está repleto de espetáculos de dança, cinema, teatro e shows circenses, entre tantas outras atrações. Foto: Divulgação.
O coração do agreste pernambucano tem clima de serra. O cenário bucólico, o friozinho e o ar de montanha atraem visitantes para Guaranhuns e Gravatá, especialmente no inverno.
A primeira é a mais famosa. A 900 metros de altitude no Planalto da Borborema e a 230 quilômetros de Recife, Garanhuns tem colinas e temperatura média de 15 graus entre junho e setembro - em 2009, foram registrados 7 graus. Enquanto os termômetros caem, o número de visitantes sobe na cidade. As praças, repletas de flores, concentram turistas em busca dos sabores fortes da culinária regional - a buchada de bode é uma das melhores do País.
Na segunda quinzena de julho, Guaranhuns lança mão de outro atrativo: o festival de inverno (na foto acima). Durante dez dias, muita arte, com exposições, dança, cinema, teatro, espetáculos circenses, contação de histórias, literatura e música erudita, pop e forró. A cidade fica em festa.
O maior apelo do festival, no entanto, são os shows gratuitos. No repertório há desde artistas pernambucanos tradicionais, como o grupo Cordel do Fogo Encantado e a Banda Pífanos de Caruaru, até os mais modernos, como Mundo Livre S.A. e Nação Zumbi. Em 2009 subiram ao palco Rita Lee, Maria Rita, Lenine e Moraes Moreira, entre outros. Para 2010, os nomes ainda não estão definidos. Fique de olho no site http://www.fig.com.br/.
Veja também:
A rivalidade vale mais que o primeiro lugar Mossoró aposta na variedade e corre por fora
Diamantina, fascinação de pedra preciosa
Clássica. Quando Recife esquenta, quem pode foge para o clima ameno de Gravatá, com temperatura média de 20 graus. A 86 quilômetros de Recife e a 500 metros de altitude, a cidade também tem seu festival de inverno, com música de câmara.
Em 2009, o I Festival Virtuosi (www.virtuosi.com.br) trouxe nomes como o maestro e pianista João Carlos Martins, o violoncelista Antônio Meneses e o flautista Rogério Wolf. Este ano, o evento vai de 13 a 18 de julho. A orquestra regida pelo maestro Rafael Garcia promete trazer nomes de peso.
Entre uma sessão e outra, aproveite para conferir móveis rústicos de madeiras nativas, uma das especialidades de Gravatá. Há lojas na Rua Duarte Coelho e às margens da BR 232. Outro produto característico da cidade pernambucana são pequeninas bonecas de pano. Com cerca de 2 a 3 centímetros, são feitas de retalhos coloridos.
Para se hospedar com sossego e garantir sua vaga
A diferença entre Gravatá e Garanhuns, além da distância de Recife, é a oferta de hospedagem. A primeira possui farta rede hoteleira destinada a famílias, com opções de lazer e recreação para crianças. A maior parte dos hotéis está junto a rios, cachoeiras e mirantes. Há passeios a cavalo e trilhas, como na Fazenda Céu Aberto (www.hotelfazendaceuaberto.com.br), ou ainda massagens e tratamentos de spa, como na pousada Spa Oasis (http://www.spaoasis.com.br/).
Em Garanhuns, quem quiser ir ao festival terá de reservar pousada com antecedência. O evento ocorre em vários polos culturais da cidade, como esplanada Guadalajara, Parque Ruber Van der Linden, Teatro Luiz Dourado e Catedral de Santo Antônio.