Amsterdã e sua noite agitada

Opções não faltam na cidade onde é 'um bom lugar para sentir fome'

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Por Monica Nobrega
Atualização:

. Luz vermelha. A prefeitura quer mudar o perfil da região. Chegou a comprar, no ano passado, 16 prédios antes ocupados por atividades ligadas ao sexo para ceder os espaços a jovens designers, sem cobrança de aluguel nos primeiros meses. Os novos estúdios e galerias são muito bem-vindos, mas o lendário Red Light District, em Amsterdã, se destaca mesmo pelas moças nas vitrines e pelos sex shops. O delicioso clima de submundo de mentirinha (já que a prostituição é legalizada na Holanda) é o responsável pelo charme do lugar.   Red light district: moças nas vitrines, multidão e baladas Duas caras. Em pleno Oud Centrum (Centro Antigo), o Red Light District é um bairro, por assim dizer, de dupla personalidade. De dia, as construções antigas, muitas enfeitadas por grafites, exibem lojas alternativas, cafés e museus, como o Rembrandt House (www.rembrandthuis.nl). Noite. Com o anoitecer, ganham destaque as luzes em néon vermelho e branco iluminando corpos femininos. Uma multidão caminha ou pedala pelas ruas em meio aos canais. A Spuistraat é a via mais animada e cheia de bares - e também dos famosos coffee shops. O Café Spui, no número 318, tem visual retrô composto por mesas altas, bancos junto ao balcão e fotos, discos e autógrafos de Frank Sinatra. Além da variada carta de cervejas. Fome. Seguindo pela Leidsestraat, três canais depois está a Korte Leidsedwarsstraat, um bom lugar para sentir fome. É grande a presença da cozinha árabe. E há também casas de jazz. 24 horas. Nem os primeiros sinais do novo dia esvaziam o Oud Centrum. De manhã, muita gente ainda circula por ali - chegando para o trabalho ou partindo para as horas de sono. Nesse momento, passa a fazer pleno sentido a resposta do funcionário do balcão de informações turísticas. Questionado sobre o horário de fechamento dos restaurantes, o rapaz de bochechas rosadas disparou, animadamente: "Hey, this is Amsterdam!"

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