Aula de aventura em três suaves etapas

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Foto do author Adriana Moreira
Por Adriana Moreira
Atualização:

Um par de araras-azuis cruza o céu ao mesmo tempo em que o guia freia o jipe e aponta a cascavel veloz na estrada. Turistas saltam do carro, máquinas fotográficas a postos, olhos ansiosos na direção da moita onde o bicho acaba de se esconder. Logo adiante está o cerrado. E não se vê mais, entre árvores retorcidas, nem sinal de réptil ou ave.

 

 

Cenas como a descrita acima se repetem no caminho de cerca de 2 quilômetros entre a portaria da Fazenda São Bento e a Serra Almécegas, ponto de partida da Tirolesa Voo do Gavião. O nome homenageia os carcarás, tipo de ave de rapina que vive na região. E que pode ser vista, inclusive, durante a descida pelos cabos de aço.

Lá no alto, o viajante precisa fazer força para se manter atento às instruções passadas pelo guia. Que são poucas e nada difíceis de serem seguidas: basicamente, não segurar nos cabos e não virar de cabeça para baixo. Só isso. Mas a vista panorâmica da fazenda e das montanhas achatadas teima em se impor à necessidade de manter os ouvidos atentos.

Dado o "ok", tire os pés do chão e curta a descida suave, a uma velocidade nunca superior a 55 quilômetros por hora. A chegada é no mirante da fazenda, diante de mais uma paisagem inesquecível.

Para ir:

cada descida custa R$ 50. Informações:

www.pousadasaobento.com.br

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Caminha-se 1.600 metros por uma passarela de madeira suspensa até o ponto em que o microclima favorece uma vegetação semelhante à da mata atlântica e as árvores são mais unidas. Uma pequena ilha de perobas-brancas, marmeladas-de-cachorro e outras plantas de grande porte, bem no meio dos arbustos do cerrado.

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Antes de encarar os 12 metros de escada até a primeira plataforma do circuito de arvorismo, o turista faz um rápido treinamento. A capacidade de passar pelo trapézio, pelo estribo e pela falsa baiana é testada ainda no chão. Aprende-se também a voltar para as pontes em caso de um passo em falso e de uma queda. Sim, elas acontecem. Mas não representam nenhum risco porque você estará todo o tempo bem preso aos cabos de segurança.

Consideradas a primeira escada e a tirolesa de 80 metros do fim, são dez desafios. Apesar da altura, o circuito é bastante amigável e, controlando um pouco os nervos, pode ser vencido em menos de meia hora. A ponte mais difícil pede que o aventureiro apoie os pés em estribos de montaria, mas basta fazer força com as pernas para se sair bem.

Na última plataforma, antes de curtir a descida final na tirolesa, os guias aguardam enquanto você descansa um pouco, respira e recupera as energias diante da revigorante paisagem à sua frente.

o circuito custa R$ 40. Informações:

www.portaldachapada.com.br

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Nem é preciso guia, mas os pacotes que levam à chapada incluem o passeio - em geral combinado com o Raizama (leia na página 8). A trilha que leva ao Vale da Lua é plana e bem marcada. O nome diz tudo. A caminhada pelas rochas esculpidas pelo Rio São Miguel dá a sensação de estar pisando em solo lunar.

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Apenas 1,5 quilômetro adiante está a Morada do Sol, com quatro piscinas para se refrescar. Muita curtição e pouco esforço. Quer melhor?

Para ir:

R$ 150 por carro, com a Travessia (

www.travessia.tur.br

). Inclui Raizama.

 

Colaborou Adriana Moreira

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