Café, orgulho nacional dos colombianos

Fique esperto: jamais cogite insultar o café da Colômbia na frente de um colombiano

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Por Hyndara Freitas
Atualização:
Café é orgulho nacional na Colômbia, tome um com tranquilidade no Café Cultor Foto: Hyndara Freitas/Estadão

É muito provável que, durante uma conversa com um colombiano, o assunto pule repentinamente para café – e não é preciso muito tempo em Bogotá para perceber que a bebida é o orgulho nacional. 

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Logo nos primeiros minutos de conversa com um jovem casal bogotano em um bar, veio a quase inevitável pergunta: “Já provou nosso café? É incrível, não é?”. Comecei a formular uma resposta, com um “sim, é diferente…”, mas a expressão de surpresa indignada da dupla não me deixou prosseguir. “Você não gostou?” Respondi que gostei, mas expliquei que achei bastante diferente do brasileiro. Ali, ficou claro que não se pode jamais insultar o café colombiano em casa e a pergunta se repetiu outras vezes. 

E para os amantes da bebida, o fato: o café colombiano é sim de qualidade sem igual. Não estranhe a tonalidade clara, quase cor de mel, fruto da torra suave, que também deixa a bebida muito mais adocicada que a que os brasileiros estão acostumados. O açúcar é dispensável. 

Para provar bons cafés não é preciso procurar muito. A maior rede de cafeterias lá é a Juán Valdez, que leva café de pequenos produtores colombianos para suas centenas de franquias na Colômbia e fora dela, em países como Espanha, Estados Unidos, México, Equador, Bolívia e Malásia. 

Semelhante à americana Starbucks, lá é possível encontrar bebidas quentes e frias, como os nevados e frapês, além de bolos, pães e empanadas. E por falar e m Starbucks, o orgulho pelo produto local é tão grande que a rede só abriu sua primeira loja na Colômbia em 2014 e, desde a inauguração, prometeu servir apenas cafés produzidos por colombianos.

Menu degustação.

Quem prefere um ambiente mais intimista pode ir direto ao Cafe Cultor, com três unidades em Bogotá. A maior delas fica na Candelaria, na Biblioteca Luis Ángel Arango. Todos os cafés servidos no local são oriundos de pequenos produtores do país. Para quem tem pressa, vale pedir um tinto (café puro) e escolher o método de extração entre filtrado, espresso, prensa francesa, chemex e aeropress, tudo custa cerca de 5 mil pesos (R$ 6). 

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Já quem quer se aprofundar no universo cafeeiro colombiano pode dedicar cerca de 1h30 na degustação, que consiste em uma explicação detalhada sobre cada região cafeeira do país. Com caneta e papel em mãos, começamos a experiência sentindo o cheiro de seis essências diferentes, como chocolate, mel e baunilha. Depois, cafés de diferentes origens são servidos, um por vez, e a graça é tentar adivinhar as notas presentes em cada um. 

No fim da degustação de cada copo, o barista explica mais sobre as fazendas onde são produzidos e os processos de torra e moagem dos grãos. As datas, horários e valores para as sessões de degustação são publicadas na página do Facebook da cafeteria (

facebook.com/CafeCultorCol

).

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