Cena gastronômica bem diversificada

Traços oníricos transformaram o deserto no centro do poder

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Por Redação
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A Copa das Confederações, um ensaio para o Mundial em 2014, começa no dia 15 de junho com o jogo entre Brasil e Japão, às 16 horas, em Brasília. Será a única partida do evento no novo Estádio Mané Garrincha - há quem insista em chamá-lo apenas de "Estádio Nacional" -, cuja reforma consumiu mais de R$ 800 milhões. No ano que vem, pela competição mais relevante, estão previstos sete confrontos em solo brasiliense.Ficou bonitão o velho Mané Garrincha, nisso todo mundo concorda. Pode ser até que vire uma atração turística a mais, mas nunca causará espanto maior do que os traços oníricos de Oscar Niemeyer sobre o projeto urbanístico de Lúcio Costa que, juntos, fizeram do desértico centro-oeste brasileiro a capital do poder nacional. Brasília é a única cidade erguida no século passado tombada como Patrimônio da Humanidade.Não há quem não se surpreenda. Dentro do Plano Piloto, as principais atrações espalham-se pelo Eixo Monumental, que avança de leste a oeste, ao redor da Esplanada dos Ministérios. O metrô, porém, não leva a nenhum ponto de interesse e as linhas de ônibus são confusas.A saída acaba sendo contratar um city tour. Vale embarcar no ônibus do Brasília Tour (brasiliatour.com.br), que faz um roteiro básico pela capital e abrange locais emblemáticos como a Catedral Metropolitana, o Congresso Nacional e os Palácios da Justiça, do Planalto e do Itamaraty. Também é viável alugar um carro ou fechar um pacote com algum taxista.Na Praça dos Três Poderes, por exemplo, há várias esculturas simbólicas. Não deixe de visitar o Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, com vitrais e painel de Athos Bulcão. Veja ainda o Espaço Lúcio Costa, onde há uma cópia do Plano Piloto e a maquete da cidade.A arte ocupa também a Catedral Metropolitana, ousado projeto de Niemeyer, com telas de Di Cavalcanti, painéis de Athos Bulcão e esculturas de Alfredo Ceschiatti. Acrescente uma visita ao Santuário Dom Bosco, em que vitrais azulados e violetas substituem as paredes criando um ambiente celestial.Para obter uma vista generosa de Brasília vá à Torre de Televisão. Do alto de seus 75 metros de altura abre-se uma ampla panorâmica do Eixo Monumental. A seus pés está a Fonte Luminosa, com shows de luz e som diariamente às 19 horas.Uma das novas e concorridas atrações de Brasília, a Torre Digital é uma robusta estrutura de concreto com 170 metros de altura. Desenhada por Niemeyer, tem mirante com vista para o Lago Paranoá, o Plano Piloto e as cidades-satélites. O lazer a céu aberto tem o Lago Paranoá e o Parque da Cidade como cenários. O primeiro oferece praias artificiais e a possibilidade de praticar esportes náuticos ou passear de lancha. O segundo é um dos maiores parques urbanos do mundo, ideal para caminhadas, corridas e atividades físicas - e o projeto paisagístico é de Burle Marx.Tudo fica mais tranquilo em Brasília durante os fins de semana, quando os políticos saem de cena. A fama de uma cidade entediada já não cola mais.Sempre vale a pena, por exemplo, consultar a programação do Centro Cultural Banco do Brasil (www.bb.com.br/cultura), que não raro reserva boas surpresas. Outra dica é visitar o Museu Nacional. E tem o Memorial JK, um dos melhores acervos da cidade.Também nos fins de semana ocorre a BSB Mix, feira itinerante de moda com preços amigáveis. Como não há endereço fixo, confira o local do próximo evento no site www.bsbmix.com.br. No mesmo esquema há também a Feira da Lua, de artigos de decoração (www.luacheiaproducoes.com.br). / FÁBIO VENDRAME, ESPECIAL PARA O ESTADOBrasíliaxO mais novo espaço gastronômico de Brasília fica no Park Shopping, com entrada separada das lojas. Ali funcionam casas como Antiquarius Grill, La Tambouille, Le Vin Bistrô, Barbacoa e The Fifties. Mas a cena gastronômica brasiliense conta também com filiais renomadas, como Gero, Fogo de Chão, Barbacoa e Porcão, entre outras. E apresenta uma rica variedade, com casas como o Aquavit e seu menu degustação de cinco pratos à base de ingredientes nativos. Há também restaurantes franceses, argentinos e até um peruano.

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