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Cenário bucólico e um doce sabor de anis

Ilustre desconhecida até dos franceses, Flavigny mantém a tradição da produção de balinhas

Por Camila Anauate
Atualização:

Flavigny-sur-Ozerain surge em meio a bosques verdes onde pasta o gado charolês. As torres da igreja, os telhados radiantes de sol e parte das muralhas cobrem o alto da colina. Assim, de longe, parece uma tela. O carro então para em uma das curvas da estrada: inevitável registrar essa primeira imagem, ainda que a quilômetros de distância.As curvas seguem revelando outros ângulos até a entrada da cidadezinha francesa, na região da Borgonha. A partir daí, o turista descobre Flavigny caminhando. Sobe e desce ladeiras de paralelepípedo espremidas entre casebres de pedra. Flores coloridas nas fachadas. Portas baixinhas, todas trancadas. Faz frio. Ninguém nas ruas - Flavigny não tem mais que 300 habitantes -, a não ser as duas senhoras que arriscam um passeio com o vira-lata. A segunda imagem dá a impressão de que a vila ficou perdida nos tempos medievais. Uma ruela leva à igreja, na praça principal. De repente, um déjà vu. A praça é o cenário do filme Chocolate (2000), estrelado por Juliette Binoche, a forasteira que abriu uma loja de chocolates na conservadora cidade.

 

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