Charme à vista

Vida ao ar livre, gastronomia e animadas opções de diversão confirmam vocação multicultural de Washington, lar de gente do mundo todo

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Por Amanda Romanelli
Atualização:

Museus, cafés e restaurantes se espalham pelas largas avenidas e pelos parques ao longo do Rio Potomac e convidam a descobrir a cidade a pé. Também à margem do rio fica a novidade da temporada. Palco para espetáculos e musicais, a Arena Stage (arenastage.org) inaugurou em outubro uma nova sede, não muito longe do Capitólio e do Monumento a George Washington. Trata-se de um marco por ser uma das companhias teatrais mais antigas do Estados Unidos, fundada em 1950. Quase imediatamente, o prédio envidraçado de formas curvas virou destaque arquitetônico e, claro, alvo de máquinas fotográficas.À noite, Washington se revela em festas por toda parte - algo que chega a ser óbvio para um lugar habitado por gente jovem (são 11 universidades em uma cidade de 600 mil habitantes) e vinda de todo o mundo.Na estrada. Nos arredores de Washington, a Capital Region reserva mais boas descobertas aos visitantes. Bastam alguns quilômetros de estrada e cerca de uma hora de viagem para chegar a Richmond, capital do Estado de Virginia, ou a Annapolis, de Maryland. Cidadezinhas agradáveis, valem o bate-volta - ou até um pernoite, para quem prefere descobertas turísticas feitas com calma.Richmond surpreende pelo orgulho de seu povo no relato de sua história. A cidade foi protagonista na Guerra da Secessão (1861-1865), quando assumiu o papel de capital dos estados confederados (sulistas, que queriam manter a escravidão). Annapolis também teve seus dias de capital do país (no ano de 1783) e mantém, como patrimônio, casinhas de madeira do século 18. Algumas são residências, mas a maioria, ao longo da Main Street, abriga restaurantes. Vários deles servem a especialidade local: o crab cake, suculento bolinho feito com carne de caranguejo. Delícia que você também pode provar em um dos bares à margem da Chesapeake Bay, enquanto assiste ao ir e vir de veleiros no horizonte.UMA BOA OLHADA NOS MUSEUSNotícia em focoOs sete andares do edifício localizado na Pennsylvania Avenue (conhecida como a "Avenida da América", pois liga a Casa Branca ao Capitólio) contam a história da imprensa e de suas coberturas marcantes. No Newseum, duas exibições permanentes são imperdíveis. No subsolo estão oito blocos do Muro de Berlim e uma torre de observação da antiga Alemanha oriental. Depoimentos de repórteres que cobriram a queda do muro são exibidos. A galeria dedicada ao ataque terrorista ao World Trade Center, em Nova York, está no 4º andar. Em memória à cobertura do 11 de setembro de 2001, ficam expostas 127 capas de jornais de todo o mundo noticiando a tragédia - o Estado é o único diário brasileiro na mostra. Ingresso a US$ 21,95 (adultos) e US$ 12,95 (crianças acima de 7 anos). Mais: newseum.org.História americanaMais que fatos listados nos livros escolares, a história contada ao longo dos três andares do Museu Nacional de História Americana (americanhistory.si.edu) é, basicamente, a da cultura popular do país, devidamente difundida pelo mundo. Ou o sapo Caco, dos Muppet Babies, não faz parte da infância dos brasileiros? O mesmo vale para o sapatinho vermelho de Dorothy, do filme O Mágico do Oz, e o chapéu de Michael Jackson. Uma das mostras mais concorridas é a que exibe os trajes das primeiras-damas. Pertences pessoais de todos os ocupantes da Casa Branca também estão expostos - como brinquedos dos primeiros-filhos.CASA BRANCAO processo é demorado e democrático, mas estrangeiros podem visitar a Casa Branca. O pedido deve ser feito por meio da Embaixada brasileira em Washington. Mais:whitehouse.gov A repórter viajou a convite do Capital Region.

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