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Comida confortável é aqui

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Por Redação
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A culinária mineira talvez seja campeã entre as mais aconchegantes. E o que pode ser mais acolhedor do que um pão de queijo na chegada ao Estado? Realmente o daqui é diferente, tem mesmo gosto de queijo e textura mais tenra. Estabelecimentos criativos, como a Livraria Espaço B (38-3531-6005), em Diamantina, recheiam a iguaria com carne seca e catupiry (R$ 7) - com considerável sucesso. Porém, as releituras param por aí. Afinal, aqui é tradição, uai. Aliás, pesquisar estas raízes é o trabalho de Vani Pedrosa, gastrônoma que trabalha no Santuário do Caraça (mais informações na página 13) resgatando os fundamentos da cozinha mineira praticados ali pelos padres desde 1770. "Eles têm registro de tudo, de todas as receitas preparadas há séculos, das mais de 60 espécies plantadas na horta. Trabalhar aqui é uma descoberta, parece um móvel velho cheio de gavetinhas, cada uma com um tesouro", conta. Em 1840, os clérigos anotaram a receita do pão de queijo e, em 1816, o viajante Auguste de Saint-Hilaire se espantou com maçãs e peras cultivadas ao lado das "exóticas" jabuticabas e goiabas. Em Biri-biri, no espirituoso Restaurante Raimundo Sem Braço, prove a famosa carne serenada com mandioca (R$ 24), preparada pelo próprio Raimundo. Parar em São Gonçalo do Rio das Pedras e não fazer uma degustação de cachaças do Bar do Ademil é um pecado mortal. Isso sem falar no queijo do Serro, digno de nota - e que fica ainda melhor após alguns dias curando fora da geladeira. Terminemos em Ouro Preto,no ambiente elegante e surpreendente da Casa 85, com o filé ao chutney de manga (R$ 52), ótimo contraponto com a mineirice da viagem. Porém, a jornada não poderia terminar sem um queijim... Então, taca-lhe sorvete de queijo com goiabada (R$ 15) para arrematar. / F.M.

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