Concentre a diversão durante o dia em Auckland

A maior cidade da Nova Zelândia pode decepcionar visitantes que esperam uma vida noturna badalada, mas durante o dia, há uma infinidade de passeios para se fazer

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Por Vivian Codogno
Atualização:
SkyTower. Com 328 metros de altura, a maior torre do Hemisfério Sul oferece uma vista panorâmica da cidade Foto: Vivian Codogno/ Estadão

Para quem deseja reavaliar conceitos de deslocamento, nada como as cerca de 16 horas de trajeto que separam São Paulo e Auckland, que está 15 horas em fuso horário à frente do Brasil. A sensação de viagem no tempo só é amenizada depois de alguns dias de ambientação e, para isso, a maior cidade neozelandesa tem papel fundamental. 

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Auckland pode decepcionar os visitantes que esperam uma vida noturna badalada, já que por lei todos os estabelecimentos devem fechar até as 3h da manhã. E nem pense em ingerir bebidas alcoólicas em praças, parques e praias, sob o risco de ser detido. Talvez por essa razão, há uma infinidade de passeios para fazer durante o dia.

A primeira parada para qualquer turista que fez a lição de casa é a SkyTower. Com 328 metros de altura, a maior torre do Hemisfério Sul oferece uma vista panorâmica da cidade. Mas o passeio pode adquirir ares mais radicais (afinal, estamos na Nova Zelândia, não é mesmo?). Ali também e é possível optar por caminhar pela área externa a 192 metros do chão, por NZD 150 (R$ 350). Calma: cabos de segurança prendem quem se aventura nos arcos. Encaramos o desafio, com um inevitável frio na barriga, sem perder o encantamento pela paisagem. Outra opção é saltar (!) também a 192 metros de altura, em um cabo guiado até o solo – a experiência custa NZD 255 (R$ 600). Haja coração. 

Artes. Ainda na programação urbana, a Auckland Art Gallery reúne obras de figurões como Pablo Picasso e Paul Gauguin, mas há espaço para propostas mais, digamos, excêntricas. Caso da série de vídeos Lifting my mother for as long as I can (Segurando minha mãe enquanto eu aguentar, em tradução livre). Nela, o artista Campbell Patterson segura sua mãe no colo no dia do seu aniversário por alguns minutos, performance repetida todos os anos entre 2006 e 2012. 

A seção mais disputada é a que abriga os retratos maoris do pintor checo Gottfried Lindauer. Realistas, os quadros mostram as tatuagens usadas no rosto por esse povo – nos homens, os desenhos vão até a testa e, para mulheres, fica ao redor dos lábios e queixo. A entrada é gratuita.

Na saída da galeria, uma caminhada pelo Albert Park é boa pedida para quem deseja matar o tempo ou curtir o clima ameno da cidade sentado na grama, como fazem os locais pela manhã e na hora do almoço. Ainda nos arredores, a High Street e a Queen Street concentram o garimpo de souvenirs, lojas de roupas e cacarecos e cafés necessários para qualquer turista.

A 34 quilômetros de Auckland, Piha é uma praia de areia escura (de rochas vulcânicas), queridinha dos surfistas Foto: Vivian Codogno/ Estadão

Surfe à vista. Se cansar de bater de perna em Auckland, que tal um passeio nos arredores? A 34 quilômetros dali, Piha é uma praia de areia escura (de rochas vulcânicas), queridinha dos surfistas. A água é cristalina, e a Lion Rock, uma grande pedra no centro da faixa de areia, deixa o visual único. No caminho, vale fazer uma parada para ouvir o som e nadar nas águas geladas da cachoeira Karekare

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Um passeio que inclua ambos destinos pode ser feito pela empresa Bush and Beach por NZD 230 (R$ 540), por 6 horas de tour. Outra opção é alugar um carro e fazer o trajeto de forma independente. 

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