Cozinha refinada ou pé na areia, à escolha do freguês

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Por GEORGETOWN
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Faça as contas: são 150 casas disputando espaço nos 197 quilômetros quadrados de Grand Cayman, o que dá algo em torno de um restaurante por quilômetro quadrado. Some a isso o fato de que a ilha é simples de ser desbravada - de leste a oeste, cruza-se em apenas 1h30 - e voilà: eis um destino gastronômico por excelência. De barracas pé na areia ao asiático fusion mais transado, passando por casinhas à beira-mar transformadas em cantinas charmosas, espere encontrar os mais variados sabores.Um exemplo dessa variedade é o festival Cayman Cookout (caymancookout.com), realizado em janeiro, literalmente dentro d'água - chefs de todo o mundo cozinham descalços, com os pés no mar, enquanto os fregueses comem em mesas montadas na areia, em Seven Mile Beach.No dia a dia, a diversidade étnica dos moradores - metade dos habitantes de Cayman são imigrantes - se reflete na culinária. A ilha entrega desde o jerk chicken jamaicano (frango envolto em um molho barbecue apimentado) até uma massa ao sugo para italiano nenhum botar defeito. Comece a desvendar os sabores com a especialidade da ilha: frutos do mar frescos e em diferentes versões. O camarão empanado com coco e molho apimentado é petisco certo nos cardápios, assim como o grouper e o mahi-mahi, peixes típicos do Caribe. Bolinho de conch (primo pobre do escargot) frito é boa pedida como entrada à beira-mar. O Ritz Carlton tem o restaurante mais badalado de Cayman, o Blue, do chef francês Eric Ripert, idealizador do Cayman Cookout. É onde os americanos vão para se sentir em Nova York - Ripert é dono do estrelado Le Bernardin, em Manhattan, além de ter conquistado fama como jurado do reality show Top Chef. É prudente dizer que é o único lugar da ilha onde a bermuda não faz parte do dress code. De frente para um lago, o também sofisticado Papagallo (pappagallo.ky) é um dos melhores italianos da ilha, com um cardápio que vai da lagosta ao filé mignon, passando por risotos e raviólis. Mas o diferencial mesmo fica por conta da recepção de Humphrey Bogart - um papagaio que faz as vezes de anfitrião na entrada do restaurante. Outro italiano, o Edoardo's (edoardosrestaurant.com), além de atendimento impecável e comida idem, tem um "puxadinho" que os donos transformaram em bar - para onde todos os baladeiros da ilha convergem na sexta-feira à noite. Os espaços, porém, são independentes. Se o pôr do sol não estiver incrível na praia, troque por um happy hour regado a Caybrew nas mesas ao ar livre do Karoo (karoo.ky), bar de tapas e comidinhas em Camana Bay, o centrinho de Georgetown. A poucos metros dali, o Ortanique (345-640-7710), filial de um restaurante de Miami, está entre os favoritos dos locais. Quem estiver com fome de churrasco tem até a opção de uma churrascaria brasileira, a Prime (prime.ky). Em frente ao mar, mas com sofisticação e guardanapo de tecido, tanto o Alfresco (345-947- 2525) quanto o Luca (luca.ky), o The Wharf (wharf.ky) e o Osetra Bay (osetrabay.com) oferecem comida internacional com a brisa do Caribe. Massas e frutos do mar estão entre as especialidades.Bons e baratos. Como nem tudo na vida é talher de prata e taça de cristal, a ilha também tem opções para quem quer gastar pouco e comer bem. Do fogão simples da Vivine's Kitchen (345-947-7435), em East End, sai até feijão com arroz e suco de tamarindo. Só não espere cardápio, garçom e expresso. Por outro lado, a conta não passa dos 15 dólares de cayman (R$ 36). A brisa do mar e o visual de coqueiros são de graça.No quesito culinária nativa, os americanos amam o Heritage Kitchen (heritagekitchencayman.com), cabana de praia que vende basicamente peixe fresco frito, cozido, empanado ou ensopado. E só. Na ida ou na volta de Rum Point, no norte da ilha, vale parar no Over the Edge (over-theedge.com), cujo terraço com cadeiras de plástico sobre o mar funciona tanto para um café da manhã tardio quanto para um último drinque antes do anoitecer. / N.C

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