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Das margens do Guaíba aos sabores típicos

Por PORTO ALEGRE
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Talvez o melhor jeito de entender o espírito da capital gaúcha seja caminhando pelo Parque da Redenção em um fim de semana ensolarado, com paradas estratégicas no Brique, a famosa feira de antiguidades e artesanato. Ali amigos e famílias inteiras se reúnem à sombra das árvores para tomar chimarrão e bater papo. Ou apenas ver o dia passar. A média de uma árvore para cada um dos 1,4 milhões de habitantes de Porto Alegre pode explicar a cultura de aproveitar intensamente os dias ensolarados ao ar livre. A orla do Lago Guaíba é outro ponto de lazer concorrido, com várias atrações em seu entorno, como o Parque Marinha do Brasil. Outra divertida opção é navegar pelas águas escuras do Guaíba e contemplar a cidade por um ângulo diferente. Entre as embarcações que operam o passeio, o Cisne Branco (barcocisnebranco.com.br; R$ 20) oferece um roteiro especial nos fins de semana, ao cair da tarde, a partir do dia 16. Um passeio de duas horas leva até a zona sul, a área mais rural da cidade. Pelo caminho, observe a Catedral e os galpões do cais, que terão suas obras de revitalização completas até 2015. E aproveite a chance de assistir ao pôr do sol. De camarote. Tradições. Para se sentir como os locais, você terá de empunhar sua cuia de chimarrão. E não há lugar melhor para fazer uma imersão nessa cultura do que o Mercado Público Central, inaugurado em 1869. Ali estão boas bancas para comprar mate e os aparatos para o preparo do chimarrão. Depois de provar o sabor dos pampas, adoce o paladar com a salada de frutas com sorvete da Banca 40. Sai por R$ 7 e merece a fama que tem. Se preferir refeição mais substanciosa, procure, ainda no mercado, o restaurante Gambrinus (www.gambrinus.com.br), de 122 anos. Peça ao simpático garçom Vovô os filés mistos de peixes (R$ 64, para duas pessoas). Também especializado em frutos do mar, o Marco's (www.restaurantemarcos.com.br) serve pratos sofisticados em seus três endereços na cidade. Como o camarão crocante em fios de batata, acompanhado de risoto de rúcula com damasco e cogumelos frescos grelhados (R$ 58,90). Mas para ir ao encontro direto das tradições gaúchas, o Galpão Crioulo (churrascariagalpaocrioulo.com.br) serve o típico churrasco, acompanhado de música ao vivo, danças folclóricas e apresentações com boleadeiras (espécie de chicote dos pampas). Mais intimista, o Quincho (quincho.com.br) reúne cortes e receitas dos boiadeiros gaúchos, como o arroz carreteiro de charque de cordeiro (R$ 56,90, para dois). Se estiver com as crianças, o menu piá (ou seja, infantil) custa R$ 21,90. Vermelho e azul. Tão tradicional quanto o churrasco é a paixão pelo futebol. Até em dias sem jogo o contraste do vermelho do Internacional com o azul do Grêmio está por toda a parte. Programe-se para ver uma partida ou percorra os corredores do Museu do Inter (internacional.com.br/museudointer) ou do Memorial do Grêmio (51-3218-2830) . / FELIPE MORTARA

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