Destino difícil, luxo possível

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Por Redação
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A despeito do status da Índia como uma das economias mais dinâmicas do mundo, a viagem para lá não é para corações fracos. A corrupção é gritante no sistema político e uma pobreza constrangedora enche as ruas. O estúdio de ioga mais próximo de mim em Nova York cobra US$ 1.300 anuais, não muito distante do que muitos indianos têm para viver durante idêntico período. Em vez de uma escapada, uma viagem à Índia pode ser involuntariamente contestadora.Apesar de Rishikesh oferecer algumas opções de hotel, eu quis ficar no ashram para imergir na vida iogue. Isso é mais fácil do que nunca agora que muitos têm websites e aceitam reservas via telefone e e-mail. Eu tinha reservado um quarto no Parmarth por 300 a 700 rupias por noite, uma doação sugerida de cerca de US$ 5 a US$ 10.Parmarth está entre os ashrams que oscilam delicadamente entre estender seus braços para tornar Rishikesh acessível a novos visitantes estrangeiros e, ao mesmo tempo, tentar preservar seu núcleo espiritual. Nos últimos 30 anos, adicionou vasos sanitários em estilo ocidental e água quente, mas barrou aparelhos de TV, academias e minibares.O local pareceu luxuoso para os padrões locais. Compartilhei passeios ajardinados com aproximadamente 200 garotos que estudavam sânscrito e textos védicos antigos. A cantoria começa às 5 horas, e o silêncio é requerido após as 22 horas.Encontrei pencas de professores de ioga, mas também jovens indianos ricos despejando angústias, mães americanas do Meio-Oeste em busca de alívio, um homem que vendeu suas ações no Facebook, universitário recém-formados desorientados, divorciados recentes, várias pessoas que haviam largado seus empregos e uma miscelânea de almas de coração partido. "Eles saem daqui com muito mais do que tendões flexíveis, tríceps um pouco mais fortes e definidos e algumas fotos", disse Sadhvi Bhagawati Saraswati, um antigo líder espiritual de Parmarth e diretor do festival de ioga do ashram. "As pessoas mudam suas vidas aqui."

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