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Do Capibaribe, um olhar bucólico sobre o Recife

Por Felipe Resk e RECIFE
Atualização:

Todos a bordo, o catamarã toma seu rumo pelo Rio Capibaribe. Nada de trânsito, correria, pressa: durante 1h20, a capital pernambucana irá se descortinar de um outro ângulo, justificando seu apelido de "Veneza Brasileira". Hora de ouvir histórias, descobrir curiosidades sobre o Recife, contemplar paisagens e decidir onde voltar mais tarde.O Recife foi construído às voltas de seu porto, na primeira metade do século 16. Hoje, o centro urbano é dividido em três ilhas - Recife Antigo, Santo Antônio e Boa Vista - conectadas por mais de 40 pontes. O percurso contempla pelo menos cinco delas. Quando o catamarã passa por baixo de uma das pontes, todos aplaudem - é a tradição, justificam os guias. Junto com os aplausos, você também pode fazer um pedido: voltar ao Recife, férias com sol, que aquela carne de bode não seja indigesta... Não demora até o primeiro ícone recifense surgir no horizonte: o Parque de Esculturas de Francisco Brennand (brennand.com.br; R$ 10), em frente à Praça do Marco Zero. A Coluna de Cristal, de 32 metros de altura, confeccionada em argila e bronze, se destaca, mas o parque conta com cerca de 90 trabalhos do artista. Hora de sacar a máquina e garantir as primeiras fotos. Para quem quiser voltar mais tarde para visitar o espaço com a merecida calma, uma dica: desde o Marco Zero, 11 embarcações registradas fazem o trajeto, de apenas 200 metros. Custa R$ 5, ida e volta. Logo surgem os prédios do Paço Alfândega, construído em 1732, da Assembleia Legislativa, do Ginásio Pernambucano e do Teatro Santa Isabel. Este último, erguido no século 19 em homenagem à Princesa Isabel, é o exemplo mais refinado da arquitetura neoclássica no Recife.Outro ponto alto do city tour aquático são o casario antigo da Rua da Aurora, pintado em cores vivas. A rua não recebeu esse nome por acaso: ali, todas as construções são voltadas para o nascente. E, ao que parece, as casinhas parecem ficar ainda mais coloridas quando vistas do Capibaribe. "É muito mais bonito ver a cidade pela perspectiva do rio", comenta a mineira Natália Lanna, que realizou a excursão de catamarã pelo Recife.A possibilidade de enxergar a cidade por um ângulo diferente não atrai apenas forasteiros. Pernambucano, Márcio Bastos ficou animado em descobrir um Recife menos caótico e mais sensível. "O passeio me fez ver minha cidade com olhos mais bondosos", diz. "Tudo ganha um tom meio bucólico: dá a impressão que o tempo parou." Também morador da capital pernambucana, Eduardo Donida endossa a visão: "Quem mora aqui às vezes esquece que o Recife é tão bonito quanto muito cartão-postal no mundo".Trajetos. Duas empresas realizam os passeios pelo Capibaribe. Na Catamaran Tours (www.catamarantours.com.br), as saídas são diárias, às 16 e às 20 horas, mas é preciso reservar com antecedência (preço: R$ 38). Além do tour pelo centro do Recife, há uma outra opção, mais longa, que dura 2h15 e passa por 14 bairros da cidade. Disponível apenas aos domingos, custa R$ 50. Os barcos têm capacidade para 120 passageiros. Já a Catamarã Veneza (www.catamaraveneza.com.br) parte do próprio Marco Zero. Os passeios são operados diariamente, com saída às 16 horas. Os barcos são menores, com capacidade para até 40 passageiros, e dá para comprar o bilhete na hora: custa R$ 35. Passagem aérea. SP-Recife-SP: desde R$ 794,14 na Avianca (avianca.com.br); R$ 849,12 na TAM (tam.com.br); R$ 1.252,94 na Gol (voegol.com.br); e R$ 1.307,92 na Azul (voeazul.com.br; saída de Campinas)

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