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Em 2020, risque as multidões de seu calendário de festivais

Coachella, Burning Man, Art Basel, Times Square no ano-novo: conheça alternativas menos concorridas, mas igualmente interessantes

Por Andrea Sachs
Atualização:
Lightning in a Bottle é alternativa ao concorrido Burning Man Foto: Adam Wiggings/Creative Commons

Às vezes, a ideia é melhor que a realidade. Tomemos, por exemplo, a noite de ano-novo na Times Square, uma tradição de 115 anos. Claro, você tem celebridades, shows, prêmios e a bola de cristal de mais de 5 toneladas fechando mais um ano. Mas, para ganhar essas belezas, você precisa enfrentar a multidão e o frio e sobreviver a várias horas de pé, sem banheiro público ou bebida que preste – embora seja melhor restringir a segunda pensando no primeiro. Para alguns, é uma felicidade; para outros, uma tortura.

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Não estamos sugerindo que você fuja dos maiores festivais norte-americanos. Eles conquistaram um lugar de honra no imaginário por um bom motivo. Mas, para a nova década, recomendamos que você se distancie da manada e siga uma trilha alternativa. Embora sejam menores em escala e em público, esses eventos atraem os melhores talentos de diversos campos, entre arte, cinema, música, quadrinhos e balões de ar quente. Eles também oferecem uma programação completa de atividades que, além de envolver e divertir, promovem um forte senso de comunidade entre os participantes e o lugar de destino.

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Selecionamos uma dúzia dos eventos mais badalados, como o Burning Man de Nevada, a Comic-Con de San Diego e, sim, noite de ano-novo na Times Square, e encontramos substitutos que são semelhantes quanto ao tema e ao espírito – mas sem aquela pisada no dedão do pé. Anote essas ideias no seu calendário 2020 e não se surpreenda se elas se tornarem compromissos permanentes. 

Em vez do Sundance Film Festival

Onde: Park City, Salt Lake City, e Sundance Mountain Resort em Provo, Utah

Quando: 23 de janeiro a 2 de fevereiro

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Tamanho: 122.300 participantes

Para mais informações sobre o festival, clique aqui

Vá ao Slamdance Film Festival

Onde: Park City, Utah

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Quando: 24 a 30 de janeiro

Tamanho: cerca de 8 mil participantes

Por que trocar: em 1995, uma gangue de cineastas rebeldes estabeleceu o Slamdance como um refúgio para cineastas excluídos das vitrines mais exclusivas, como a realizada ao mesmo tempo em Utah. “O Slamdance existe para apoiar cineastas emergentes e descobrir talentos desconhecidos”, disse Peter Baxter, um dos fundadores. Este ano, a plateia pode escolher – ou se esbaldar – entre  27 atrações e 81 curtas. Quase 130 diretores exibirão seus filmes, seguindo os passos agora famosos de antigos participantes como Lena Dunham (Girls), Rian Johnson (Star Wars: os Últimos Jedi e Entre Facas e Segredos) e Oren Peli, que lançou Atividade Paranormal no Slamdance em 2008.

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Quando as luzes se acendem, os convidados podem participar de sessões de perguntas e respostas e de painéis de discussões, entre eles uma conferência numa banheira de hidromassagem (toalhas são fornecidas, mas não trajes de banho). Para ter acesso a todos os filmes e atrações, além dos happy hours, compre o passe de US$ 350. Ou escolha as atividades a dedo, com entradas individuais de US$ 10 ou US$ 14. O festival também reserva vários lugares para vendas direto na bilheteria, deixando as portas abertas até o último minuto.

Dica: deixe o carro no hotel e pegue o ônibus gratuito que vai até a área histórica de Park City e a Kimball Junction. Bônus: seu companheiro de viagem pode ser um cineasta ou ator a caminho do Slamdance.

Em vez do Carnaval de New Orleans

Onde: New Orleans

Quando: 6 de janeiro a 25 de fevereiro

Tamanho: 1,4 milhões de participantes

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Para mais informações sobre o carnaval da cidade, clique aqui.

Vá à Celebração do Mardi Gras em Eunice 

Para ativar a função Buscar o iPhone, é preciso entrar em Ajustes, clicar em iCloud e ativar a função Buscar iPhone (à esquerda, no iOS 12 ou anterior;à direita, no iOS 13). Foto: Apple

Onde: Eunice, Louisiana

Quando: 21 a 25 de fevereiro

Tamanho: cerca de 15.500 participantes

Por que trocar: Louisiana nomeou Eunice como a Capital Cajun e, na terça-feira gorda, você vai saber por quê. Em vez dos desfiles, carros alegóricos e krewes do carnaval, os habitantes da cidade vestem seus melhores trajes de Mardi Gras – fantasias de bobo da corte com babados, chapéus cônicos e máscaras de cota de malha – e pulam em seus cavalos para o Courir de Mardi Gras. Na corrida, que celebrou seu centenário no ano passado, os participantes galopam pelo campo para implorar aos vizinhos ingredientes do gumbo (um guisado feito com vários tipos de carne, típico da região).

Para aumentar a loucura, a capitânia solta uma galinha para um jogo de caça. Enquanto isso, na cidade, os foliões dançam nas ruas ao som de música ao vivo e se deliciam com a tradicional culinária cajun. A festa da caça retorna à tarde e marcha em um desfile que termina com tigelas de gumbo. Para se preparar para a atração principal, vá alguns dias antes para curtir a música, a dança fais do-do, a boucherie (a matança do porco) e o Lil 'Mardi Gras, onde você pode conhecer a próxima geração de foliões.

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Dica: você não precisa de cavalo nem de fantasia para acompanhar a corrida. Pode ir de carro e roupas normais.

Em vez de ir ao Art Basel Miami Beach

Onde: Centro de Convenções de Miami Beach

Quando: 3 a 6 de dezembro

Tamanho: 83 mil participantes

Para mais informações sobre a Art Basel, clique aqui.

Vá à Affordable Art Fair (Feira de Arte Acessível)

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Onde: Nova York

Quando: 26 a 29 de março e 24 a 27 de setembro

Tamanho: 15 mil participantes

Por que trocar: a Affordable Art Fair começou no Battersea Park, em Londres, em 1999, como um espaço estimulante e sem preconceitos para colecionadores de arte de todos os níveis. Alguns anos depois, o evento se expandiu para Nova York, a única cidade americana a sediar a feira. Cerca de 70 galerias locais, nacionais e internacionais, representando 400 artistas contemporâneos, ocupam dois andares do Metropolitan Pavilion, em Chelsea. A lista muda a cada temporada, embora algumas participantes mais assíduas, como a Cube Gallery de Londres e a Quantum Contemporary Art, sejam convidadas recorrentes.

As pinturas, esculturas, gravuras e fotografias são realmente acessíveis, com obras que variam de US$ 100 a US$ 10 mil. Se você tem pouco tempo ou dinheiro, dê uma olhada na seleção feita pela curadoria no mural de menos de US$ 500. A entrada custa US$ 20 e dá direito a palestras sobre temas como design de interiores e cerâmica e a um tour dos destaques de Vanessa Seis, diretora da feira. Inscreva-se para uma sessão gratuita com um personal shopper, que o acompanhará pelos estandes e poderá ajudá-lo nas grandes decisões. Por exemplo: será que os lábios de ouro líquido de Jeremy Biggers combinam com o sofá floral da sua avó?

Dica: pais e mães têm passe livre pela feira durante a Hora do Carrinho de Bebê, que começa uma hora antes do horário de abertura oficial.

Em vez do Burning Man

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Onde: Deserto de Black Rock, em Nevada

Quando: 30 de agosto a 7 de setembro

Tamanho: Mais de 70 mil participantes

Para mais informações sobre o festival, clique aqui.

Vá ao Lightning in a Bottle 

Onde: Buena Vista Lake, Califórnia

Quando: 20 a 25 de maio

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Tamanho: cerca de 20 mil participantes

Por que trocar: o Lightning in a Bottle começou como uma festa de aniversário para dois dos três irmãos Flemming. O evento se tornou mais do que uma balada de família e amigos em 2006. Os irmãos pegaram as melhores coisas do Burning Man e Coachella – a comunhão entre artistas, músicos e campistas felizes – e deixaram para trás os aspectos desagradáveis, como o deserto poeirento e os millennials fantasiados de Woodstock. “Não é um evento para espectadores”, disse Dede Flemming, o não gêmeo do trio de irmãos. “As pessoas vêm para criar a arte e a energia ao redor”.

A música se inclina para a eletrônica, com um pouco de indie, e a arte é interativa. Uma atração, que retornará este ano, é The Mixtape, dos Flemming, uma “sala de estar” com um toca-fitas e músicas das décadas de 1970, 80 e 90. Nas palavras imortais que David Bowie disse por volta de 1979: “Sou um DJ, sou o que toco”. Os participantes também podem dar vazão à sua criatividade nas aulas de dança, arte, culinária e bem-estar. Depois, podem acalmar suas mentes superestimuladas com sessões de ioga ou meditação.

O festival ficou pulando por uns cinco locais ao longo de 15 anos, mas pode ter encontrado um lar permanente na Área Recreativa Aquática de Buena Vista, cerca de 250 quilômetros a nordeste de Santa Barbara. Quase todos os participantes do festival acampam, elevando o ato de dormir ao ar livre a uma forma de arte.

Dica: em vez de carregar seu equipamento para o meio da Califórnia, reserve um dos pacotes do Boutique Camping, que inclui todas as suas necessidades de acampamento, como tendas com camas de tamanho normal e colchões de verdade.

Em vez do Festival de Música e Artes de Coachella 

Onde: Empire Polo Club em Indio, Califórnia

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Quando: 10 a 12 de abril e 17 a 19 de abril

Tamanho: quase 595 mil participantes

Para mais informações sobre o Coachella, clique aqui.

Vá para Bottlerock Napa Valley

Bottlerock de Napa Valley tem grandes shows, mas também opções intimistas - tudo regado a vinho Foto: Jasa Nic/Creative Commons

Onde: Napa Valley, Califórnia

Quando: 22 a 24 de maio

Tamanho: 120 mil participantes

Por que trocar: A oitava edição do Bottlerock, festival de música e culinária de Napa Valley, leva as combinações a um novo patamar. Os organizadores combinam as celebridades mais improváveis, como Snoop Dogg e o Iron Chef Masaharu Morimoto, que demonstraram suas habilidades culinárias numa sessão de enrolamento de sushi em 2015, ou José Andrés e os baixistas de Dave Matthews Band, Green Day e Metallica, que tocaram bordas de pizza convertidas em baixo, enquanto o chef fatiava o pernil de um presunto Ibérico, tudo isso em 2017.

Este ano, os participantes podem assistir a 15 combinações como estas no Palco Culinário Sonoma e provar comidas e vinhos de mais de 40 restaurantes e vinícolas locais. “Você pode experimentar tudo isso em um único lugar”, disse Dave Graham, executivo-chefe do festival. “Nós chamamos de napaísmo”. Shows rolam em cinco palcos e atraem fãs de todas as gerações. Por exemplo, há dois anos, enquanto a Geração Z dançava ao som de Billy Idol e Bruno Mars, a Geração Selfie curtia Halsey e os Chainsmokers. Quando sua energia começar a diminuir, entre no spa para um tratamento de hidratação intravenosa ou uma massagem – afinal, você está em Napa.

Dica: você não precisa comprar um ingresso VIP para ver as apresentações acústicas em um ambiente mais intimista. O ingresso geral inclui acesso ao palco acústico JamPad, onde os mesmos artistas tocam em um local mais aconchegante.

Em vez da Comic-Con de San Diego

Onde: Centro de Convenções de San Diego

Quando: 23 a 26 de julho

Tamanho: 135 mil participantes

Mais informações sobre a Comic Con de San Diego aqui.

Vá à Cartoon Crossroads Columbus

Onde: Columbus, Ohio

Quando: 1º a 4 de outubro

Tamanho: 15 mil participantes

Por que trocar: Columbus parece uma cidade de desenho animado: a capital do estado abriga a Biblioteca e Museu de Cartoon Billy Ireland, no campus da Universidade Estadual de Ohio, e é lar de Jeff Smith, autor da graphic novel Bone e co-fundador da Cartoon Crossroads Columbus, seis anos atrás. A missão da CXC é “tratar os criadores com respeito e honrar essa forma de arte”, disse Smith. Os cerca de 100 cartunistas que aparecem na conferência representam diferentes estilos (graphic novel, animação e quadrinhos, por exemplo) e diversas vozes (afro-americanas, LGBTQ+, latinas) do gênero literário.

Vencedores do Prêmio Pulitzer e autores de best-sellers, como Art “Maus” Spiegelman e Dav “Capitão Cueca” Pilkey, também aparecem no palco, prontos para compartilhar seus talentos com os fãs. Ao organizar o evento, Smith se inspirou na Itália – mais especificamente em Lucca, que realiza um festival de quadrinhos em locais espalhados pela cidade. Na mesma linha, Smith divide as atividades entre o campus e várias instituições do centro, como o Museu de Arte e a Biblioteca Metropolitana.

“A cidade se torna uma personagem do evento”, disse ele. Os locais são próximos, assim você pode pular, digamos, de uma oficina sobre desenho com tinta e papel para o Mercado de Quadrinhos e daí para uma sessão de análise de portfólio. Para a ocasião, a Billy, a maior biblioteca de arte em quadrinhos do mundo, exibirá alguns dos tesouros de seu cofre. Sinta uma onda de nostalgia com as tirinhas originais de Popeye e Krazy Kat e uma alegria avassaladora ao ver velhos amigos Calvin e Haroldo. (O criador Bill Watterson deixou toda a sua coleção para a biblioteca).

Dica: O evento é gratuito, mas algumas das palestras com cartunistas famosos exigem reserva. Dê uma olhada no site com cerca de um mês de antecedência para garantir sua vaga.

Em vez do Festival de Jazz de New Orleans 

Onde: French Quarter, New Orleans

Quando: 23 de abril a 3 de maio

Tamanho: 475 mil participantes

Para mais informações sobre o festival, clique aqui.

Vá ao Festival de Jazz de Detroit

Festival de Jazz de Detroit se concentra, de fato, em apresentações de jazz Foto: Jason Vaughn/Visit Detroit

Onde: Detroit

Quando: 4 a 7 de setembro

Tamanho: 321.250 participantes

Por que trocar:  O Detroit Jazz Festival, que completou 40 anos no ano passado, tem dezenas de músicos de destaque, mas o que realmente impressiona é a entrada gratuita e o som legítimo – nada de jazz lite ou pop jazz, só jazz-jazz. “É um festival de jazz de verdade em uma cidade de jazz de verdade”, disse o diretor artístico Chris Collins. “Nosso compromisso é sempre com a arte do jazz”.

Durante quatro dias, até 70 artistas comandam quatro palcos ao ar livre, desde a Hart Plaza ao Martius Park, um trecho de quarteirões ao longo da orla. Os shows começam ao meio-dia e seguem noite adentro com jam sessions animadas. Entre os músicos, talentos locais e estrelas internacionais, aspirantes e ganhadores do Grammy. No ano passado, por exemplo, o artista residente Stanley Clarke se juntou à Detroit Jazz Festival String Orchestra para uma apresentação inédita inspirada no filme Os Donos da Rua. Na lista também estão Macy Gray, Dee Dee Bridgewater, Pat Metheny e University of Michigan Jazz Ensemble. Durante o fim de semana, a plateia pode participar de palestras com músicos, radialistas e jornalistas, além de testar seu suingue com jogos de trivia.

Dica: Faça o download gratuito do Detroit Jazz Fest LIVE!, aplicativo com biografias de músicos, horários de shows e mapas. O aplicativo até criará um itinerário com base em seus interesses. Você também pode transmitir ao vivo todas as apresentações por US$ 20.

Em vez da Parada do Dia de Ação de Graças da Macy’s

Onde: Central Park West até a Herald Square, em Nova York

Quando: 26 de novembro

Tamanho: 3,5 milhões de espectadores

Mais informações sobre a parada aqui.

Vá à celebração de Ação de Graças da cidade natal dos Estados Unidos

Onde: Plymouth, Massachusetts

Quando: 20 a 22 de novembro

Tamanho: 200 mil participantes

Por que trocar: Os peregrinos que navegaram para o Novo Mundo em 1620 desembarcaram no porto de Plymouth, na costa oeste da baía de Cape Cod. Em Plymouth, eles fundaram o primeiro assentamento europeu permanente na Nova Inglaterra e, em 1621, celebraram a Festa da Colheita que agora é conhecida como o Primeiro Dia de Ação de Graças. Com tamanha ligação com a origem da data, Plymouth poderia se limitar a mandar um cara vestido de peru para a rua principal e, ainda assim, atrairia uma multidão. Mas não é bem isso que acontece: a cidade faz de tudo para o grande dia.

O evento de dois dias acontece no fim de semana anterior ao feriado, para que todos os membros da família – incluindo os encarregados de verificar o cozimento do peru – possam participar. O desfile de 3 quilômetros de extensão é uma comovente linha do tempo da história dos Estados Unidos, desde o século 17 ao 21. “Contamos a história da América ao longo dos anos”, disse Olly deMacedo, coordenador do evento. “É o único desfile cronologicamente correto do país”.

Os vinte carros alegóricos ilustram momentos que moldaram e constituíram os Estados Unidos, como o primeiro pouso na lua e o Dia D. Na Vila Histórica, os visitantes podem passear por quatro séculos diferentes e aprender sobre cada período com historiadores presentes. Eles também podem ver o comércio no Mercado dos Artesãos. No Pavilhão Wampanoag, atores representando os dois grupos de convidados na mesa original falam sobre a festa de 1621, até mesmo sobre o cardápio. No domingo, agricultores e artistas locais exibem seus produtos no Mercado da Colheita.

Dica: para uma vista privilegiada do desfile, reserve um pedaço de gramado na Colina Cole. Plymouth Rock fica bem em frente.

Em vez da noite de Ano Novo na Times Square

Onde: Times Square, Nova York

Quando: 31 de dezembro

Tamanho: 2 milhões de pessoas

Para mais informações sobre o réveillon na Times Square, clique aqui.

Vá à noite de Ano Novo da Bola de Praia

Onde: Panama City Beach, Flórida

Quando: 31 de dezembro

Tamanho: 40 mil participantes

Por que trocar: na noite de Ano Novo do Pier Park, um distrito de compras e entretenimento com vista para o Golfo do México, pode ser uma boa usar um gorro. Não exatamente para esquentar os ouvidos – as temperaturas de dezembro no norte da Flórida giram em torno dos 15 graus –, mas para proteger a cabeça durante o lançamento das bolas. O 13º evento anual mantém os corpos ocupados com três shows, duas sessões de fogos de artifício e duas de bolas caindo – uma às 20h e a outra à meia-noite.

Na edição para quem dorme cedo, 10 mil bolas de praia infladas são soltas de redes suspensas ao longo da Pier Park Drive. Se acontecer de uma cair nos seus braços, sinta-se presenteado pelo Tempo. Os fogos de artifício e as bandas continuam, com as bolas gigantes surfando sobre a multidão. Quando a meia-noite se aproxima, uma bola iluminada de 400 quilos e 3 metros de diâmetro desce da Celebration Tower, que tem 3 metros de altura a mais que a torre da Times Square. O ano novo começa com o estrondo de fogos de artifício no final do píer Russell-Fields, que se estende por quase 500 metros golfo adentro. No final da noite, você pode concordar com o escritório de turismo local, que declara: “Times Square não tem nada a ver com a festa de Panama City Beach!”.

Dica: para fingir um clima invernal, passe Zona da Neve e sinta neve falsa no rosto. 

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