PUBLICIDADE

Enfim, a cidadela

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Compramos nosso pacote a Machu Picchu da agência Inkapa the Expeditions, em Cuzco, por US$ 150 (R$ 270) por pessoa. O valor incluía transporte de ida e volta desde Cuzco, passeio de bicicleta, trekking, entrada na cidadela, duas noites de hospedagem, guia e alimentação. A bagagem ficou guardada no hostel e seguimos com uma pequena mochila. De van, em três horas pelo Vale Sagrado, chegamos a Abra Málaga. Dali, capacetes, bikes e cachecóis (para driblar o vento forte) a postos, começamos a descida de 32 quilômetros, entre a montanha e o precipício. Um daqueles passeios que você faz por sua conta e risco, mas do qual se lembrará sempre como uma grande aventura. Depois de uma noite na cidadezinha de Santa Teresa, com direito a balada, o dia seguinte foi dedicado ao trekking, parte dele junto aos trilhos do trem - um trecho belíssimo. Naquela tarde, chegamos a Águas Calientes.Às 4h30 da madrugada seguinte nos reunimos com o grupo, munidos de lanterna e capa de chuva, indispensável para proteger a mochila com lanche e documentos. A escuridão dificulta o trajeto pelo o chão de terra e os infindáveis degraus que precisamos subir. O ar falta e as pernas ficam pesadas. Com o passar do tempo, o dia clareia e a missão se torna mais agradável. Chegamos à entrada do sítio arqueológico 1h30 depois. Eu me sentia vitoriosa. Ao olhar ao redor e ver aquele monte de gente ensopada e suja de barro, mas com os olhos brilhantes de emoção, percebi que compartilhava de uma verdadeira catarse dos mochileiros. Como cheguei entre os 400 primeiros, consegui meu carimbo para subir à montanha de Huaynapicchu (ou Waynapicchu). Tudo tão marcante, tão forte, que vale todo o esforço, cansaço e a chuva tomada. Estive em Machu Picchu.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.